Pages

Subscribe:

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Muitas das vezes estamos como estes cidadãos que estão acorrentados na caverna onde a verdade só está na possibilidade de nossa visão, porém a verdade pode estar além de nossas percepções. O que é um fina, pode ser começo de um novo momento de descobrimento, vejamos o mito da caverna de Platão quem são estes homens aprisionados por uma corrente no final da caverna, se não, nós mesmos em volta de nossos pensamentos, préconcitos, visão ofuscada... precisamos sair da caverna do desconhecimento a partir do novo!

MITO DA CAVERNA POR PLATÃO

Mito da caverna:
Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder mover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde o simples ser ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomaram por louco e inventor de mentiras.
Platão não buscava as verdadeiras essências na simplesmente Phýsis, como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a essência das coisas para além do mundo sensível. E o personagem da caverna, que acaso se liberte, como Sócrates correria o risco de ser morto por expressar seu pensamento e querer mostrar um mundo totalmente diferente. Transpondo para a nossa realidade, é como se você acreditasse, desde que nasceu, que o mundo é de determinado modo, e então vem alguém e diz que quase tudo aquilo é falso, é parcial, e tenta te mostrar novos conceitos, totalmente diferentes. Foi justamente por razões como essa que Sócrates foi morto pelos cidadãos de Atenas, inspirando Platão à escrita da Alegoria da Caverna pela qual Platão nos convida a imaginar que as coisas se passassem, na existência humana, comparavelmente à situação da caverna: ilusoriamente, com os homens acorrentados a falsas crenças, preconceitos, ideias enganosas e, por isso tudo, inertes em suas poucas possibilidades. pt.wikipedia.org/wiki/Mito_da_caverna

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O GOVERNO JUSTO DE PLATÃO

No século IV a.C., em data imprecisa, surgiu em Atenas a primeira concepção de sociedade perfeita que se conhece. Tratou-se do diálogo A República (Politéia), escrito por Platão, o mais brilhante e conhecido discípulo de Sócrates. As idéias expostas por ele - o sonho de uma vida harmônica, fraterna, que dominasse para sempre o caos da realidade - servirão, ao longo dos tempos, como a matriz inspiradora de todas as utopias aparecidas e da maioria dos movimentos de reforma social que desde então a humanidade conheceu. O egoísmo está superado e as paixões, controladas. Os interesses pessoais se casam com os da totalidade social, e o príncipe filósofo é a tipificação perfeita do demiurgo terreno. As formas de governo fazem leis visando seus interesses, e determinam assim o que é justo, punindo como injusto aquele que transgredir suas regras. "Como seria uma cidade justa?" Platão salienta que a justiça é uma relação entre indivíduos, e depende da organização social. Mais tarde fala que justiça é fazer aquilo que nos compete, de acordo com a nossa função. Para implantar seu sistema de governo, Platão imagina que se deve começar da estaca zero. Platão repudiava o modo de vida com a promiscuidade social, ganância, a mente que a riqueza, o luxo e os excessos moldam, típicos dos homens ricos de Atenas. Nunca se contentavam com o que tinham, e desejavam as coisas dos terceiros. Platão achava um absurdo que homens com mais votos pudessem assumir cargos da mais alta importância, pois nem sempre o mais votado é o melhor preparado. Era preciso criar um método para impedir que a corrupção e a incompetência tomassem conta do poder público. Para Platão, o conhecimento humano vem de três fontes principais: o desejo, a emoção, e o conhecimento, que fluem do baixo ventre, coração e cabeça, respectivamente. Essas fontes seriam forças presentes em diferentes graus de distribuição nos indivíduos. Elas se dosariam umas às outras, e num homem apto a governar, estariam em equilíbrio, com a cabeça liderando continuamente. Para isso, é preciso uma longa preparação e muita sabedoria. O mais indicado, para Platão, é o filósofo: "enquanto os filósofos deste mundo não tiverem o espírito e o poder da filosofia, a sabedoria e a liderança não se encontrarão no mesmo homem, e as cidades sofrerão os males". A base moral será dada pela crença em Deus. O que torna a nação forte seria Ele, pois ele pode dar conforto aos corações aflitos, coragem às almas e incitar e obrigar. Platão admite que a crença em Deus não pode ser demonstrada, nem sua existência, mas fala que ela não faz mal, só bem. Retirado do SITE, Projeto Governo do justo.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sobre a morte e o morrer [a propósito de Finados]

A morte é, seguramente, um tema sobre o qual há muita resistência em se discutir. É, por outro lado, uma realidade sobre a qual não há o que se discutir! Todos morremos e, sobre tal verdade, não há possibilidade de qualquer aporia. A questão é como nos relacionamos com tal realidade. Há os que a negam, não aceitando por meio de elaborados discursos ideológicos. Há os que a ignoram, por meio do silêncio. Está claro que a natureza nos dá fatos e, nos distinguimos dos demais animais, mais do que por consciência, pela capacidade de outorgarmos sentido novo e original para os referidos fatos. No caso da morte, mais do que saber de sua inevitabilidade, ousamos significá-la de modo que habite com um mínimo de conveniência nossos sistemas de pensamento, de valores e de atitudes. Em outras palavras, é porque encaramos a morte e sua inevitabilidade que optamos por assumi-la como uma espécie de companheira de viagem que nos ajuda a encontrar o caminho certo a trilhar! O cotidiano, porém, nos revela um relacionamento mais traumático com a morte. Violência, injustiça social, fome, enfermidades e tantos outros descaminhos nos fazem crer que seria possível evitar o fim. Obviamente, não está excluída a luta pela vida e pela dignidade dela; mas não nos é possível divagar sobre o foco principal e, de alguma forma, negar ou esconder a realidade. Todos morre(re)mos! Um elaborado sistema de negação da morte é o discurso científico. A medicina, por exemplo, quando investe todas as suas forças em esticar a vida a todo o custo nos frios CTIs, contribui para o prolongamento dos dias de vida, mas se esquece que o sentido e a qualidade da vida está um pouco distante da quantidade de dias vividos. Preferirei morrer em casa, ao lado dos meus queridos, sentindo o cheiro do meu lar, a dar meus últimos suspiros ouvindo bips e enxergando azulejos brancos, com hora pré-determinada para alguém me tocar. Outro discurso muito bem elaborado que, por vezes, pode nos levar a negação escamoteada da morte é a religião. Qualquer sistema religioso que se preze não excluí de seu elenco de assuntos a morte. Há, porém, modalidades nesses discursos que nos afastam da realidade e criam um mundo virtual no qual parece estar a verdade. No caso do Cristianismo, por exemplo, a fé na ressurreição, que se coloca como uma bela e profunda consciência sobre a morte e seu significado mais radical, pode transformar-se ideologicamente numa fuga da vida e de suas responsabilidades. Acredito que tanto a ciência quanto a religião, cada uma a seu modo e no seu lugar, devam nos ajudar a viver e, por conseqüência disso, nos ajudar a morrer, também, com mais coragem e com maior dignidade! Isso porque a morte é conseqüência da vida. Ou, de outra forma, a morte é parte integrante da vida. Vida e morte são uma linha de continuidade. A morte não pode ser encarada como um ponto ao fim da vida. Isso faz dela uma tragédia sobre a qual a vida perde seu significado. A morte, ao contrário, cria a expectativa da realidade. Como não temos todo o tempo ao nosso dispor, e como não sabemos a hora de nossa morte, cada instante de vida adquire um status plenamente original: é o único que dispomos. Ou o gozamos bem, ou corremos o risco de jogar tudo fora! Assim, morrer é uma tarefa que se constrói vivendo. A exemplo do que ocorre com a natureza – na medida que começamos a morrer no dia que nascemos, dada a provisoriedade dos sistemas vitais do corpo humano – importa-nos afinar nossa conduta de modo que cada dia vivido seja experimentado com a possibilidade de ter sido o último, sem que haja necessidade de um seguinte para corrigir alguma coisa. Quando isso ocorre, a morte ganha uma outra conotação: deixa de ser uma tragédia inevitável que nos toma de surpresa, e passa a ser uma amiga de todos os dias que nos lembra da fragilidade da vida e da importância de sua experiência radical, tanto no aspecto pessoal, como nas questões de natureza convivial. Nesse sentido, a morte dos outros pode nos ajudar a morrer melhor! Os que amamos e já se foram podem nos servir de alerta sobre a provisoriedade da existência e, dessa forma, contribuir para que ousemos viver com mais radicalidade. Que bom seria se pudéssemos desde bem cedo enxergar a morte dessa forma e com ela nos relacionarmos sem muitos traumas. Seríamos mais sensatos e mais corajosos! Os mortos não podem ser relegados ao esquecimento dos CTIs, dos necrotérios e dos cemitérios. Precisam fazer parte de nós e conosco conviverem. Não numa relação de luto constante que deprime e impede a vida, mas como alimento antropofágico que nos dá força e ressignifica nossa existência. Por fim, devo resgatar um exemplo bíblico que ilustra com radicalidade o significado profundo da morte. A cruz e a morte experimentada nela por Jesus não foram acidentes de percurso. A morte de Jesus de Nazaré foi conseqüência de sua vida. Sua intransigente opção pelo bem e pelo amor o fizeram ter que encarar as ameaças da cruz. Como não recuou um milímetro em sua opção, a morte levantou-se como inevitável e é exatamente nesse sentido que a morte passou a fazer parte de sua vida; e, mais ainda, a morte deixou de ser fim e passou a ser inauguração de uma nova dimensão da caminhada: a ressurreição. O Cristo ressuscitado é o mesmo Jesus crucificado; carrega as mesmas chagas. A vida, porém, ascendeu a um novo patamar onde as fronteiras entre vida e morte ruíram e um Ser Humano novo, recriado, passou a viver plenamente! É isso – Tempus Fugit! Carpe diem! Escrito por: Prof. R. Lengruber (SME de Nova Friburgo).

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Texto aberto à população evangélica de São Gonçalo.

A Graça e a Paz do Senhor Jesus! Querido(a) irmão(ã), "...a nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais" (Efésios 6:12). Sabemos que o diabo, que foi apontado por Jesus como ladrão, tem tentado roubar tudo que é de Deus dizendo que é dele. Assim foi com a tentativa de roubar o trono do Pai, roubar a adoração ao Todo Poderoso e roubar a autoridade que o Eterno nos entregou em Gênesis 1:28, quando disse que nós deveríamos dominar e sujeitar toda a criação, ou seja, o princípio de governabilidade sobre toda a criação que havia sido entregue ao ser humano santo e sem pecado. O processo de tentação de satanás era, acima de tudo, para roubar a governabilidade sobre a criação e sobre a obra prima da criação do Pai: o ser humano. Caímos, pecamos e entregamos para ele a governabilidade que nos foi confiada. Assim, ele inventou a mentira de que a política é dele, algo que muitos acreditaram e se posicionaram ao lado deste engano ao longo dos anos.  Se a política é o instituto do estado moderno para conduzir uma cidade, estado ou nação em seu território, o diabo tem usado dela para cumprir seus intentos. Que igreja ainda não presenciou uma batalha travada na vida de uma pessoa endemoniada? Então, como que ao mesmo tempo em que expulsamos em nome de Jesus demônios que usam do corpo do ser humano e através do nosso voto colocamos no poder de nossas cidades, estados e nação pessoas que não foram justificadas pelo sangue do Cordeiro e que serão usadas por satanás para dar a legitimidade que ele precisa para continuar, naquele território (cidade, estado ou país), comandando os demônios inferiores que continuarão atuando com a intenção de destruir vidas, famílias, instituições, etc. Muitas vezes, os mesmos crentes que expulsam os demônios são os mesmos que elegem aqueles que serão usados para que as potestades assumam o controle de nossas cidades. Será que nos esquecemos da batalha espiritual na política da Babilônia que foi travada por Daniel (Cap. 10) quando um anjo veio em seu socorro, tendo que ir buscar o arcanjo Miguel, porque outros dois principados estavam se levantando para lutar no mundo espiritual, tudo porque um jovem político temente a Deus foi levantado como governador para comandar debaixo dos princípios do Todo Poderoso e isso iria atrapalhar os planos do inferno na governabilidade da Babilônia? Com a visão correta e bíblica acerca da batalha espiritual em minha cidade foi que, em 2004, vi pela primeira vez na minha geração a possibilidade de ter no governo de São Gonçalo uma pessoa temente ao Senhor, o que atrapalharia a ação das potestades que atuavam em nossa cidade. Essa visão era tão forte em meu coração que, no dia da eleição em outubro de 2004, eu estava no Jardim do Getsêmane, em Jerusalém, Israel, de joelhos dobrados intercedendo para que Deus movesse os céus para que fosse eleita a mulher de Deus para minha cidade. Novamente, em outubro de 2008, no dia da eleição, eu estava no Getsêmane, em Jerusalém, pedindo a Deus para continuar abençoando a cidade de São Gonçalo mantendo no poder aquela que temia seu nome. Tenho uma missão como profeta nesta cidade onde Deus me colocou. Depois de refletir e orar, Deus me fez lembrar de uma palavra liberada em meu gabinete pela própria prefeita: "O projeto de Deus para São Gonçalo não termina com Aparecida Panisset." Respeito o homem que está sendo apontado por ela como seu substituto, mas sou sacerdote do Deus Altíssimo para afirmar que o homem que Deus quer usar para qovernar São Gonçalo precisa ser coberto pelo sangue do Cordeiro, fazer parte de uma igreja e ter um pastor. Neilton Mulim é o único que preenche tais condições. Convertido a Cristo há mais de 10 anos, Neilton é membro da PIB de São Gonçalo e seu pastor chama-se Levi Mello, além de ser gonçalense. Agradeço a Deus o tempo que ele permitiu que tivéssemos uma prefeita que nunca negou seu compromisso com seu Deus, mas para que as potestades das trevas não tenham legitimidade para agir em nosso território, precisamos eleger Neilton Mulim que, assim como foi com Aparecida Panisset, ele é o elo entre o Reino de Deus e a igreja que tem autoridade para determinar a bênção sobre nossa cidade. Não trato política por política, mas política por princípios do Reino. Sei que muitos podem não concordar com o que estão lendo, mas assim Deus nos fez, livres para pensar, refletir e fazer escolhas, porém, prestaremos contas a Deus por cada uma delas. Se você é um cristão, você tem a mente de Cristo e não pode ser manipulado por aqueles que possuem outros interesses na eleição de outro candidato que não seja Neilton Mulim. Que as bênçãos do Senhor estejam sobre todos, guardando-os e protegendo-os de todo o mal. No amor de Yeshua, Walter Cristie Silva Aguiar Presidente da Associação de Igrejas Evangélicas MYS (RJ-MG) Diretor da Faculdade Aplicada de Teologia e Filosofia - FATEF

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Se ensinares, ensina ao mesmo tempo a duvidar daquilo que estás a ensinar. José Ortega

Sobre ensinar e apreender!

A sociedade contemporânea, por sua imensa diversidade, tem nos imposto a sensação de que a velocidade de tudo tem aumentado; que a capacidade das pessoas tem se potencializado. Em razão da extraordinária pluralidade dos estímulos, temos sido levados a crer que, “naturalmente”, há sempre crescimento e aprendizado. Isso tem seu lado de verdade, se pensado sob o ponto de vista do acesso à informação ou da maneira como podemos alcançar pessoas e instituições por meio das ferramentas tecnológicas do nosso tempo. Mas, por outro lado, é absolutamente inconsistente a ideia de que nosso tempo é mais promissor que outros momentos da História. Os fatos têm revelado o quão frágeis têm se mostrado nossas conquistas e como há efeitos colaterais nocivos em muito do que pensamos ser avanço e evolução. Dados e números relacionados ao meio ambiente, à saúde, à educação e a tantos outros aspectos da vida individual e social revelam que nosso tempo – e, nisso, não há muita diferença de outros tempos da História – sofre copiosamente por conta da intervenção humana. A maneira como nos relacionamos com as pessoas – incluindo o relacionamento com o próprio “eu” – e a forma como interagimos com a Natureza nos fazem ver, com clareza cada dia maior, os imensos males dos quais padecemos e, em certo sentido, retroalimentamos incessantemente. Tanto do ponto de vista cognitivo, quanto em questões psico-afetivas, está claro que estamos doentes. Se há, por um lado, avanços significativos na ciência e suas tecnologias, conhecimento cada vez mais profundo sobre o comportamento e as sensações humanas, uma explosão do senso religioso e das práticas espirituais; há, por outro, uma visível superficialidade nisso tudo: uma ciência cuja efemeridade espanta até o mais cético dos teóricos; uma psicologia confusa e confundida em suas bases de sustentação; uma religiosidade mercantilizada e, por isso, banalizada e descartável. Na escola, reverberam todas essas crises num espaço só. Tudo que sofremos no dia-a-dia respinga nas escolas e nos atores da vida escolar de uma forma esponecialmente aumentada. O conhecimento que aparentemente está ao alcance dos cliques se esvai por entre os dedos como quem tenta conter água nas mãos. O comportamento e os valores se revelam cada vez mais frágeis e cheios de lacunas e senões. A suposta solidez de outros tempos cedeu espaço ao ermo campo das interrogações, medos e, acima de tudo, de um tempo em que tudo deve ser pensado ao extremo dos detalhes, mas que, contraditoriamente, despersonaliza e coisifica tudo e todos. Intuo que isso tudo se deva, em primeiro lugar, a uma verdadeira revolução pela qual estejamos passando; uma mudança de paradigma da qual somos protagonistas e espectadores ao mesmo tempo; algozes e vítimas. Como quem vive diante da montanha e não tem a noção exata do tamanho dela e da vastidão do vale que a margeia, quem vive nosso tempo tem a imensa facilidade de não perceber que as coisas estão mudando. Mas, além disso, entendo que a liquidez de nossos saberes e valores se devam, também, a insensibilidade ou a inflexibilidade que nos aprisiona numa visão de mundo muito restrita e que nos atrapalha a ver o vale amplo e promissor que se descortina adiante de nós. Para ver melhor, é preciso cansar as pernas e arriscar uma escalada para além da zona de conforto do nosso lugar. O conhecimento tem uma característica especialmente estranha. Da mesma forma que liberta e nos ajuda a ousar e avançar, ele nos dirige ao conforto e à segurança do lugar em que estamos. O mesmo saber que nos faz caminhar, em algum momento, por alguma razão, nos faz estacionar. Eis aqui, talvez, o maior risco do tempo chamado hoje: estacionamos. Paramos sob a segurança de que o rumo das coisas é, inexoravelmente, esse mesmo. Acomodamo-nos. A ciência - que não se esqueça! – tem, na sua genética, a dúvida e a pergunta. Conhecimento não se faz com informações acumuladas e empilhadas umas sobre as outras. Ciência e conhecimento se constróem revolucionariamente; ou seja, se edificam sobre a demolição de velhos e ultrapassados saberes. (Se é verdade que a Física contemporânea dependeu, em certos aspectos, dos estudos de Newton, é verdade, por outro lado, que Einstein precisou prescindir das bases da Física moderna para propor suas postulações.) Não há outro jeito: para construir o novo, é preciso demolir o velho. Julgo que um personagem seja central em todo esse processo: o professor. Não apenas os teóricos e doutos especialistas nesse ou naquele campo do saber. Mas o professor e a professora que estão nas primeiras salas de aula da vida. São esses profissionais que, deliberada ou intuitivamente, vão nos ajudar a construir as bases do saber. Não simplesmente o conteúdo do saber, mas, especialmente, a forma de aprender e a forma de saber. Há quem ensine coisas. Há quem estimule o aprendizado. Os primeiros tendem a se perder pelo tempo e pela efemeridade dos saberes. Os segundos, ao contrário, podem se perpetuar pelo fato de terem ajudado a fincar as colunas de sustentação do saber crítico consigo mesmo. O principal legado de um professor, creio eu, seja emprestar aos seus alunos a consistente capacidade de acreditar em si mesmos, mas, paradoxalmente, a curiosa postura de quem sabe rir de si mesmo e reconhece-se provisório e sempre em transformação. Da solidez à liquidez! A maior de todas as tentações dos professores é o fundamentalismo. Somos chamados a ajudar na formação das bases e dos fundamentos dos estudantes que a nós são confiados. Por isso, tendemos, às vezes, à comodidade do saber pronto e das ideias que parecem intocáveis. (Optamos pela segurança dos livros e das apostilas, por exemplo.) De todas as possibilidades que aos professores são abertas, a maior delas é a chance que têm de ajudar os alunos a crescerem por mérito próprio e a serem autores de sua história. Os adestradores ensinam o que fazer, como fazer, quando fazer. Ensinam, numa palavra, a fazer. Simplesmente fazer! E é lamentável que os resultados do adestramento sejam tão ansiados pela sociedade. São eles que parecem realmente importar. Continuidade. A professores, cabe outra e completamente distinta responsabilidade: apontar o caminho do saber que, para além de saber fazer, sabe saber-se provisório e sempre em transformação. Sabe perguntar e duvidar. Ruptura. Entre as muitas responsabilidades dos professores, talvez essa seja a maior de todas e, por isso mesmo, a mais gratificante: ensinar a desaprender. Por: Prof. Ricardo Lengruber- Secretário de Educação de Nova Friburgo

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O teólogo a serviço de Deus e não da teologia!!

Antes de conhecer Deus academicamente, o teólogo precisa conhecê-lo pessoalmente. Antes de descrever Deus, o teólogo precisa ter comunhão com ele. Antes de descrever o amor de Deus, o teólogo precisa sentir-se amado por ele. Antes de descrever a autoridade de Deus, o teólogo precisa submeter-se a ela. Antes de descrever a santidade absoluta de Deus, o teólogo precisa descrever a sua absoluta pecaminosidade. Antes de mencionar a sabedoria de Deus, o teólogo precisa confessar a sua ignorância. Antes de se enveredar pelo problema filosófico e teológico do sofrimento, o teólogo precisa aprender a chorar com os que choram e a alegrar-se com os que se alegram. Antes de tentar explicar as coisas mais profundas e misteriosas da teologia, o teólogo precisa ser honesto consigo mesmo e com os outros e admitir que nas cartas de Paulo e em outras passagens da Bíblia há coisas realmente difíceis de entender. Antes de ensinar e escrever teologia, o teólogo precisa entender que sua responsabilidade é enorme, porque, exatamente por ser reconhecido como teólogo, ele será ouvido, lido, consultado, citado. O teólogo não pode inventar suas teologias, assim como o profeta não podia inventar suas visões nem declarar “assim diz o Senhor”, se o Senhor nada lhe dissera. O teólogo não pode ser nem frio nem seco. Ele tem de declarar com toda empolgação que Deus é amantíssimo, graciosíssimo, justíssimo, misericordiosíssimo, puríssimo, santíssimo, sapientíssimo e terribilíssimo1. O teólogo precisa de humildade para explicar as coisas já reveladas e calar-se diante das coisas ainda ocultas. O teólogo precisa caminhar lado a lado com a fé e com a razão e, se em algum momento tiver de abrir mão de uma delas, deve ficar com a fé. O teólogo deve construir e, em nenhum momento, destruir. O teólogo obriga-se a separar o trigo do joio, a verdade do mito, a revelação da tradição, a visão verdadeira da falsa visão, o bem do mal, a luz das trevas, o doce do amargo, a vontade de Deus da vontade própria. O teólogo tem o compromisso de insistir na unicidade de Deus e condenar a pluralidade de deuses, tanto os de ontem como os de hoje2. O teólogo tem a obrigação de equilibrar a bondade e a severidade de Deus, o perdão e a punição, a vida eterna e a morte eterna, a graça e a lei. O teólogo é um fracasso quando não menciona que Deus amou tanto o mundo que deu seu único Filho por uma só razão: para que ninguém fosse condenado, mas tivesse, pela fé em Jesus, plena e eterna salvação! Escrito pelo pastor Elben César, é uma reflexão sucinta sobre o papel do teólogo cristão.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Quanto custa ser um homem?

> A perda da masculinidade nos nossos dias. > > Nas escrituras e em muitas civilizações havia esta noção de que o > macho ou era um menino ou era um homem. Não há muitos jovens que > gostam de ser chamados de meninos. Então, havendo apenas duas opções, > um jovem iria se esforçar para se tornar um homem, pois não quer ser > um menino. Mas esta falsa idéia de “modelos evolucionários” trouxe uma > terceira categoria: adolescentes. > > Então agora quando um garoto atinge a idade de onze, doze anos, ele é > chamado de adolescente. E é dito a ele que ele tem que se > auto-descobrir, buscar autonomia, ser rebelde, etc. > > Mas a bíblia não ensina que exista um período assim. E esta fase é > perfeita para o cara preguiçoso, que quer experimentar os privilégios > de um homem, mas não quer assumir as responsabilidades de um homem, e > continua agindo como um menino, até a idade de trinta anos. A > responsabilidade primordial de um homem santo é gerar homens santos. A > responsabilidade primordial de um pai é investir sua vida, a todo > custo, para criar seus filhos, de maneira que eles cheguem a idade de > 17 ou 18 anos e possam assumir o título de homem. > > Alguns jovens me perguntam: “Quando eu devo começar a namorar?”. O > namoro é algo recente, cultural, que nasceu nos últimos cem anos para > cá. É algo recreacional. Você quer sair com uma garota… por que? > Porque você quer os privilégios de ter uma parceira ao seu lado mas > sem assumir as responsabilidade de ter uma parceira. Então, quando eu > posso começar a me relacionar com alguém do sexo oposto? Quando você > se tornar um homem. > > E o que quer dizer se tornar um homem? > > De acordo com as escrituras, em primeiro lugar, é ser capaz de ser o > líder espiritual de uma mulher e de uma casa. Antes disso, > biblicamente, você não é considerado um homem. Não é apenas ter a > capacidade de fazer isto, mas é assumir a responsabilidade, o peso nos > seus ombros, de guiar espiritualmente sua família, ensinando e sendo > exemplo. > > Além disso, você estar pronto para proteger sua família. Não significa > ser cheio de músculos, mas ter o caráter forte e necessário para > enfrentar as adversidades que batem a porta. Não é obrigação da sua > esposa fazer isto. É sua responsabilidade se colocar na porta para que > sua mulher nunca tenha que enfrentar os problemas e seus filhos tenham > um lugar seguro para crescer e se desenvolver. > > Quando um rapaz pode iniciar um relacionamento? > > Quando ele pode ser um provedor para aquela pessoa. Por exemplo, se > seu pai e sua mãe ainda pagam suas contas, “você não tem o direito” de > pensar em alguém do sexo oposto. Apenas porque você atingiu certa > idade não quer dizer que pode participar de tudo o que diz respeito a > um homem. Você pode ter vinte e um anos e ser ainda um menino. A > bíblia sempre trata com homens: “e por esta razão o homem deixa seu > pai e sua mãe para se unir a mulher”. > > Esta idéia de namoro recreacional, “estou com ela porque gosto dela”, > não existe na bíblia, nem mesmo nas culturas dos povos, exceto na > cultura moderna ocidental. Os cristãos tem pelo menos cinco > relacionamentos antes de se casarem, então quando chegam no altar, > cinco partes deles estão espalhadas por aí. > > Eles não são uma pessoa completa. Você não pode entrar em um > relacionamento, de qualquer tipo de intimidade, sem deixar uma parte > de você mesmo para trás. > > Não existe na bíblia a idéia de um garoto, debaixo do teto de seus > pais, se alimentando da mesa deles, sustentado por eles, irá sair e se > divertir com alguém do sexo oposto. Ela diz que para estar junto com > alguém você deve deixar seu pai e sua mãe. > > Então, tudo o que conhecemos terá que ser mudado? Exatamente. Mas se > você é jovem, você crescerá rápido e se disser: “Eu não posso mais ser > um garoto ou brincar com as coisas de garoto, e ao mesmo tempo esperar > ter a permissão de participar nos privilégios de homens”. > > Pais, é sua principal responsabilidade que quando seus garotos > atingirem 18 anos, eles sejam homens. E por que a masculinidade > bíblica se perdeu nos dias de hoje? Eu perguntava para um grupo de > garotos: “Vocês estão no ensino médio. Vocês já escutaram seus amigos > conversando sobre como crescer e se tornar um homem de verdade, > desenvolver o meu caráter, ser capaz de tomar conta de mim mesmo, > depois encontrar um esposa e criar uma família santa?” Não, eles estão > todos brincando com Playstations e coisas assim. > > Eu morei em uma tribo no Peru por muitos anos. Lá, quando um garoto > tem 14 anos ele pode se casar, porque ele pode construir sua casa, > pode fazer uma plantação, pode lutar para defender sua tribo de outras > tribos. Mas na nossa cultura, a época do colégio é pura diversão, sem > essa noção de “Eu tenho que me tornar um homem”. Depois, vem a > universidade, que nada mais é que um colégio com pessoas mais velhas, > onde o mesmo espírito permanece: > “Vamos pra festa! Vamos andar poraí com nossos amigos! Vamos > continuar a nos divertir”. > > E alguns, quando saem da universidade, continuam: > “Ótimo, agora eu tenho dinheiro, posso comprar mais Playstations! > Posso ter mais hobbies e comprar brinquedos mais caros”. > > E claro, eles querem sexo, então entram em um relacionamento. Mas, > mesmo após o casamento, nunca assumem a responsabilidade de seu > relacionamento. Pois não sabem que estão casando com uma esposa, acham > que estão casando com uma “mãe”, então querem que o tratamento de > “mãe” continue. > > Os pais tem essa idéia de que quando seus filhos atingem a idade de 12 > anos, 11 anos (e a idade continua diminuindo), e começam a pensar > sobre o sexo oposto é chegada a hora deles entrarem em > relacionamentos. Este não é o sinal de Deus de que seu filho deve > entrar em um relacionamento, mas é o sinal de Deus que é hora de > começar a trabalhar a sua masculinidade, para que com o tempo ele se > torne um homem e possa entrar em um relacionamento. O mesmo vale para > as meninas. A idéia de ter garotos e garotas de 12 e 13 anos se > relacionando é doente. > > O pior erro que você pode cometer é chegar para um de meus garotos e > dizer: “Você é jovem, bonito, porque você não arranja umas > namoradinhas?”. Eu vou lhe parar no mesmo instante e lhe manter > distante dos meus filhos. Jovens garotos devem estar construindo > castelos, lutando contra dragões e lendo Crônicas de Narnia. > > O que acontece é que quando aquela faísca aparece, não há ninguém para > direcioná-lo. Quem lhe ensina sobre isto é a televisão, revistas e > outros garotos como você. É gasto muito tempo conversando sobre > garotas, e jogos, e passeando por shoppings, e todo aquele tempo que > deveria ser usado para desenvolver masculinidade e feminilidade é > jogado fora. > > Nos anos 60 e 70, nós quisemos dar ouvidos a grupos de feministas e > homossexuais que queriam nos ensinar a como criar nossos filhos. Nós > deveríamos ter ido nas escrituras, nas veredas antigas, nos caminhos > do Senhor. > > Houve o tempo em que os homens eram respeitados por colocarem comida > na mesa. Agora, isto não é suficiente, você deve colocar dois carrões > na garagem. E muitos homens e mulheres estão trabalhando e não é para > colocar comida na mesa, é para comprar todos os brinquedos que a > sociedade compra, pagar pelos seus hobbies e a crianças são > esquecidas. > > Sua obrigação não é dar as crianças todas as coisas que você nunca > teve, pois foram as coisas que você nunca teve que fez de você o homem > que você é hoje, e são estas coisas que você nunca teve e que você dá > aos seus filhos que estão transformando-os em inúteis. Não devemos dar > as nossas crianças tudo o que não tivemos, devemos dar a elas nós > mesmos, um mentor, um pai, um líder. > > Verso 19 de Gênesis 3 diz: “Do suor da tua face tu comerás o pão…”. Há > tempos atrás, apenas pessoas milionárias viviam em mansões. Mas, na > nossa sociedade moderna, achamos que qualquer pessoa que trabalhe > meio-período tem o direito de morar em uma casa destas. Achamos que > merecemos tudo, e que temos o dever de viver o estilo de vida que os > ricos famosos vivem. > > Não, não caiam na falsa idéia de que merecemos uma vida fácil, com > várias férias, podendo viajar quando bem quisermos, que podemos > terminar nosso trabalho no final do dia, trazer comida para casa, > depois sentar na poltrona e ficar ali como um tronco de madeira morto, > porque você merece. Isto está errado. Você deve viver do suor do seu > trabalho. Esta é sua vida como homem. Você tem muitas obrigações a > cumprir e pouco tempo para descansar. Sinto muito, isto é > masculinidade. > > Em suma, devemos acordar bem cedo, ir trabalhar, voltar para casa, e > então nosso real trabalho começa. Temos uma esposa em casa para cuidar > que precisa de muito mais do que apenas trazermos comida. E temos > crianças que precisam ser discipuladas e mentoreadas. Então, desabamos > na cama, para acordar no dia seguinte e fazer tudo de novo. Esta é a > razão pela qual a mulher deve cuidar da casa e viver para seu marido, > pois a vida dele é viver para eles. > Nossa cultura prega que devemos ter uma vida fácil. Quando a queda > aconteceu, no jardim, a vida fácil foi embora. Muitos homens > trabalham, e eles odeiam isso, e eles ficam com suas famílias apenas > suficiente para fazer o mínimo, e então podem fugir de seus trabalhos > e de suas famílias para fazer algo que realmente gostem, e suas vidas > ficam sempre nestes hobbies, nos esportes, em descansar, e outras > coisas. > > A única maneira de achar contentamento nesta vida é vendo o seu > trabalho e suas responsabilidades nesta terra como ordenanças de Deus > e aguardando sua recompensa no céu, realizando o trabalho que lhe é > proposto e tirando sua alegria do fato de agradar a Deus ao assumir a > responsabilidade de sua masculinidade. > > Então não podemos praticar esportes ou descansar? Podemos, mas não > tanto quanto gostaríamos, ou tanto quanto meus amigos, que não são > casados ou não tem filhos. Existem fases diferentes em nossas vidas. > Onde está seu coração? A verdadeira alegria não está em continuar > sendo um menino eternamente, apenas com brinquedos mais caros e > continuamente sendo cuidado por uma mãe, seja ela sua mãe mesmo ou sua > esposa. A alegria e o contentamento vem de assumir sua > responsabilidade que lhe foi proposta por Deus, de prover para sua > família, e não apenas coisas físicas, pois isso é apenas uma pequena > parte da provisão. > > A pessoa mais importante na face da terra para um homem deve ser sua esposa. > > E vice-versa. Uma terrível ilustração para isto é que, se eu estiver > em um barco com minha mulher e meus filhos, e o barco estiver > afundando, e apenas eu souber nadar e for capaz de salvar apenas uma > pessoa, eu devo salvar minha esposa. Você já deve ter escutado: “Não > há amor como o de mãe”, isso é errado, a bíblia fala que não há amor > como o amor de um pai. > > Você sabe porque tantas mulheres são tão ligadas as seus filhos? > > Porque suas necessidades emocionais que deveriam ser supridas por seu > marido não o são, então elas buscam esse suporte emocional nos seus > filhos. O problema é que as crianças não foram feitas para nutrir > emocionalmente os pais. Se o marido amar a esposa mais do que tudo, as > crianças olharão e dirão: “Meu pai ama minha mãe mais do que tudo > neste mundo. Este lar está seguro como uma rocha, papai não vai a > lugar nenhum”. E a filha dirá: “Então é assim que um homem deve tratar > uma mulher. Meu pai trata minha mãe como se fosse uma rainha. Eu não > irei aceitar nada menos do que isto”. > > Tradução e transcrição pela Equipe BC Heart da pregação “What it takes > to be a man?” – por Paul Washer

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional se reúne com senador Pedro Taques, relator do Novo Código Penal

Uma Comissão de Juristas apresentou, por solicitação do Senado, propostas para mudanças no Código Penal Brasileiro que foi promulgado em 1940. Uma Comissão Especial foi instalada para analisar as propostas e o Senador Pedro Taques (PDT/MT) será o relator. Alguns temas, porém, requerem nossa atenção já que tratam de assuntos como legalização do aborto, liberação do uso de drogas e criminalização de idéias e ações contra a união homoafetiva. Na opinião do deputado Aureo, a proposta apresenta pontos positivos, como a tipificação de crimes cibernéticos e o reestudo de penas aplicadas. Mas está sendo posta como um pacote enorme e disforme, sem a aprovação da maioria do povo brasileiro, que não se vê representada nesse grupo de juristas convidados. A Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional está se mobilizando para que sejam apresentadas emendas à proposta. Um dos pontos mais polêmicos é o que trata da legalização do aborto. Para os membros da Frente, o direito à vida é inegociável e está respaldada em pesquisas que demonstram que o brasileiro rejeita a interrupção da gravidez, exceto nos casos já previstos em lei ( em caso de estupro e quando coloca a vida da mãe em risco). Para Aureo, – “A liberação do uso de drogas, ao contrário do que querem nos fazer acreditar, não vai diminuir a violência, mas vai fortalecer a produção. É fácil entender a lei de mercado: da oferta e da procura. Quanto mais consumidores, melhor para os produtores e intermediários. Só que neste caso, especificamente, estamos falando de traficante e usuário. Estamos falando de fazer com que as drogas cheguem mais fácil e licitamente às mãos de nossos filhos. O que é um verdadeiro absurdo”. Na questão da chamada homofobia Aureo alerta que não serão penalizados apenas os crimes de intolerância física e ideológica, pois todo ser humano, independentemente de suas convicções, raça, religião devem ser respeitados. Mas sim de criminalizar e apenar todos aqueles que não concordam com a escolha de vida que os homossexuais decidem levar. “ O respeito não é contraditório à chamada homofobia. Ele deve existir de ambas as partes”, termina o deputado federal. Retirado do SITE do Deputado Federal Áureo.

PROJETOS DE LEIS E OUTRAS INICIATIVAS POLíTICAS CONTRÁRIAS A IGREJA DE CRISTO

"Quando o justo governa o povo se alegra, mas quando o ímpio domina o povo geme" (Provérbios 29:2). Depois de ler este texto, se você faz parte daquele grupo que acha que a igreja não deve atuar na vida política da nação, peça a Deus para mudar seu entendimento. Esta é a hora de homens e mulheres comprometidos com o Reino de Deus serem escolhidos para nos representar nas diversas instâncias políticas do nosso país. Se você serve a Jesus Cristo e ainda não foi despertado para a realidade de que a política do nosso país está a serviço das trevas, deve prestar bastante atenção sobre o que está acontecendo hoje no Brasil. O atual governo e seus aliados tem sido pródigo em formular leis que, se aprovadas, farão com que seja posta uma mordaça na Igreja do Senhor. São projetos que afetarão nossa vida de fé. A coerção da lei cairá com força sobre todos os legítimos crentes em Jesus. Com o lançamento do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH) no dia 21 de dezembro de 2009 em forma de decreto presidencial (7.037/09), uma dentre tantas outras estratégias utilizadas em forma de Projetos de Lei, teremos em nosso país, caso seja aprovado uma enorme inversão de valores éticos, morais sociais e espirituais consolidados há anos em nossa sociedade. Alguns desses projetos já foram arquivados. Porém, são citados aqui para que tenhamos conhecimento de como o inferno é ousado e tenta paralisar a igreja. Vejamos alguns exemplos: Projeto de Lei nº 4.720/03. Altera a legislação do imposto de renda das pessoas Jurídicas. Projeto de Lei nº 3.331/04. Altera o artigo 12 da Lei nº 9.250/95, que trata da legislação do imposto de renda das pessoas físicas Se convertidos em Lei, os dois projetos obrigariam as igrejas a recolherem impostos sobre dízimos, ofertas e contribuições. Projeto de Lei nº 299/99. Altera o código brasileiro de telecomunicações (Lei 4.117/62). Se aprovado, reduziria programas evangélicos no rádio e televisão a apenas uma hora. Projeto de Lei nº6.398/05. Regulamenta a profissão de Jornalista. Contém artigos que estabelecem que só poderão fazer programas de rádio e televisão, pessoas com formação em JORNALISMO. Significa que pastores sem a formação em jornalismo não poderão fazer programas através desses meios. Projeto de Lei nº 1.154/03 Proíbe veiculação de programas em que o teor seja considerado preconceito religioso. Se aprovado, será considerado crime pregar sobre idolatria, feitiçaria e rituais satânicos. Será proibido que mensagens sobre essas práticas sejam veiculadas no rádio, televisão, jornais e internet. A verdade sobre esses atos contrários a Palavra de DEUS, não poderá mais ser mostrada. Projeto de Lei nº 952/03. Estabelece que seja crime atos religioso que possam ser considerados abusivos a boa-fé das pessoas. Convertido em Lei, pelo número de reclamações, pastores serão considerados "criminosos" por pregarem sobre dízimos e ofertas. Projeto de Lei nº 4.270/04. Determina que comentários feitos contra ações praticadas por grupos religiosos possam ser passiveis de ação civil. Se convertido em Lei, asIgrejas Evangélicas ficariam proibidas de pregar sobre práticas condenadas pela Bíblia Sagrada, como espiritismo, feitiçaria, idolatria e outras. Projeto de Lei nº 216/04. Torna inelegível a função religiosa com a governamental. Significa que todo pastor ou líder religioso lançado a candidaturas para qualquer cargo político não poderá de forma alguma exercer trabalhos na igreja. Projetos de Lei nº 122/06 e nº 6418/2005. Determinam que líderes religiosos não possam mais utilizar a Bíblia para mencionar a proibição acerca da prática do homossexualismo. Também proíbem os pais de tratarem da orientação sexual dos filhos caso os mesmos percebam que eles apresentam prática comportamental contrária ao sexo de nascimento e muito mais. Projeto de Lei nº 5.598/2009 e o PLS 160/2009, denominado "Lei Geral das Religiões", já aprovado pela Câmara Federal e pelo Senado, mero espelho do Acordo, incorre nos mesmos equívocos de inconstitucionalidade e desprezo à laicidade do Estado Brasileiro, estendendo as pretensões da Igreja Católica Apostólica Romana a todos os demais credos religiosos. O nivelamento no tratamento pelo Estado às religiões não pode ser amparado por fundamentos manifestamente inconstitucionais que agridem a soberania do Brasil e retrocede-nos ao indesejável modelo do "padroado" no Império. Projeto de Lei nº 104/03. Trata sobre poluição sonora, mas busca fechar as igrejas por problemas com o som. Projeto de Lei nº 1135/91, que libera o aborto em nosso país a qualquer tempo e sem motivo que o justifique. Outras iniciativas políticas nocivas ao cristianismo são aquelas que: • Como ocorreu no último dia 09/02/2010, quando o Plenário da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou com apenas um voto contrário, do Deputado evangélico Edson Albertassi, o Projeto de Lei 1924/2008, que declara o DIA DE OXUM como patrimônio imaterial do Estado do Rio de Janeiro, com o que se reverencia tal "entidade espiritual". A autoria da lei é do Dep. Atila Nunes/PSL, este é o mesmo deputado que vem atuando fortemente para que todos os orixás das religiões africanas tornem-se propriedade imaterial no Rio de Janeiro e passem a ser reverenciados através destas leis. A transformação da entidade espiritual "Oxum" em patrimônio e propriedade imaterial de inicio obriga o Estado do Rio de Janeiro a repassar dinheiro para divulgação e proteção desta chamada "cultura religiosa" nas repartições públicas, através das Secretarias de Cultura, Turismo, Educação, Segurança, pois o instrumento legal (a lei) lhe outorga esse "poder" a essas religiões/cultura. • Estabelecem novas ações educativas, como a elaboração do novo Plano Nacional de Educação (PNE). O plano, que definirá os rumos da educação brasileira de 2011 a 2021, será instituído por projeto de lei a ser enviado e votado no Congresso Nacional em 2010. No EIXO VI, o PNE estabelece que a orientação sobre a sexualidade deverá incluir livros sobre o lesbianismo e o homossexualismo a partir do 1º ano do Fundamental, ou seja, a criança com cerca de 6 anos deverá receber tais orientações. Cabe ressaltar, que o material didático já foi até mesmo apresentado no Fórum de Educação realizado em Brasília de 28/03/2010 a 01/04/2010. • Permitem cultos somente com portas fechadas. • Obrigam as igrejas a pagarem impostos sobre dízimos, ofertas e contribuições. • Permitem programas evangélicos na televisão apenas uma hora por dia. • Permitem o pastor fazer programa de televisão, se tiver faculdade de jornalismo. • Consideram crime pregar sobre espiritismo, feitiçaria e idolatria, e também veicular mensagem no rádio, televisão, jornais e internet, sobre essas práticas contrárias a Palavra de DEUS. • Proíbem pastores de pregarem sobre dízimos e ofertas, e, dependendo do número de reclamações, serão presos. • Determinam que pastores que forem presos por pregar sobre práticas condenadas pela Bíblia Sagrada (homossexualismo, idolatria e espiritismo), não terão direito a se defender em liberdade. • Igrejas que não realizarem casamento de homem com homem e mulher com mulher, estarão fazendo "discriminação", poderão ser multadas e os pastores processados. • Procuram oficializar do dia do "Orgulho Gay" em todas as cidades brasileiras. • Adotadas pelo Conselho Federal de Psicologia proíbe que seus profissionais ofereçam tratamento a indivíduos nessa situação, sob a alegação de homofobia, através da Resolução 01/99. • Promovem a adoção de crianças e adolescentes por casais homossexuais, tema que se mostra cada vez mais presente no cotidiano da sociedade. • Manifestam o apoio irrestrito ao atual Ministro do Meio Ambiente, onde há uma tendência para um projeto de legalização das drogas. Querem tornar oficial a liberalização do uso da maconha. • Aprovadas pelo poder público na Bahia, autorizaram a colocação de estátuas de orixás no Dique do Tororó, a fim de que sejam realizados rituais e oferendas. Os animais mortos durante os sacrifícios estão causando um desastre ambiental. • Propõem a alteração da Constituição (art. 5, VI) a fim de que sejam proibidos os cultos fora dos templos (ou seja, extinção do evangelismo de rua). • Trabalham para aprovação de votação por lista para que os evangélicos fiquem fora dos processos eleitorais, não podendo mais ocupar cargos públicos. • Apóiam a aprovação de projeto que cobrará impostos das igrejas. O dízimo e a oferta do cristão estarão sujeitos a cobrança de impostos. • Como a Lei 10.257/01, já vigorando, que quando os municípios adotarem em seus Planos Diretores, será estabelecido que apenas serão construídas as igrejas que tiverem a aprovação dos vizinhos num raio de 500 metros. Obviamente que esta lei dificultará enormemente a construção de templos evangélicos porque dependerá do consentimento dos moradores. Retirado do SITE http://ameiilheus.blogspot.com.br
Como está acontecendo em Niterói, local onde será colocada a imagem de "Aparecida" na entrada da Baia de Guanabara

Aula do dia 02.10.2012.

- PRINCÍPIOS DA ÉTICA CRISTÃ- Um jovem casado há poucos meses, descobriu que sua esposa houvera adulterado com um amigo de trabalho. Ao sentir-se traído, ficou frustrado e procurou sua sogra para desabafar e dizer que iria buscar a separação. A mãe d jovem adúltera procurou consolar o genro, dizendo que não precisava ficar tão perturbado, uma vez que nos dias atuais isso é coisa muito comum. Bastava perdoar e conviver. No caso, o rapaz procurou o caminho do divórcio. É um exemplo simples e claro de que o modo de ver as coisas muda de geração para geração, mesmo as questões de princípios considerados consistentes. A sogra do jovem era de uma geração bem mais madura, mas sua forma de pensar estava ligada ao que é “comum”, “nos dias atuais”. O cristão, nesse ambiente, tem dificuldade para encontrar seu lugar. O modo de pensar e de agir, com base na ética cristã, tem amplo respaldo na Bíblia Sagrada. E dá lugar à definição de alguns princípios ou parâmetros éticos, que são bem claros e objetivos. Estes são diferentes dos princípios da sociedade sem Deus, os quais são inconsistentes, variáveis, mutáveis, e acima de tudo, relativísticos. Até mesmo as leis, que deveriam servir de fundamento para a conduta do indivíduo, variam conforme o tempo, a época, os costumes, as inovações e tudo o que mudar no meio social. A ética contemporânea é uma “abordagem ética, segundo a qual, não existem normas objetivas a serem obedecidas. É a ausência de normas. Tudo depende das pessoas, e das circunstâncias. Jean Paul Sartre, um dos filósofos, defensores dessa idéia, diz que o homem é plenamente livre. Num dos seus textos ele escreve: "Eu sou minha liberdade"... "E não sobrou nada no céu, nenhum certo ou errado, nem alguém para me dar ordens... estou condenado a não ter outra lei senão a minha..." (Geisler, p. 30,31). Esse tipo de visão encontra abrigo na mente de muita gente, principalmente entre os mais jovens, que anseiam por liberdade, sem refletir muito bem sobre as responsabilidades que nossas ações incorrem. Na rebelião da juventude, na década de 60, os jovens, na França, bradaram: "é proibido proibir". Na onda do movimento hippie, muitos naufragaram, consumindo e consumidos pelas drogas, adotando um estilo de vida paradoxal, que visava, no entender de seus amantes, irem de encontro à sociedade organizada, passando por cima de suas normas e de seus valores. A moralidade moderna é um pântano lodoso, em que as pessoas, principalmente os adolescentes e jovens, afundam-se mais e mais. A mídia também dá sua contribuição negativa para a ética e os bons costumes. Nas novelas, o falso “amor livre” é exaltado. A fornicação, o adultério, a prostituição, e o homossexualismo são divulgados, nas programações, ditas culturas, como se fossem algo perfeitamente normal. É comum, em certos programas televisados incentivarem-se os jovens a levarem seus namorados ou namoradas para dormir na casa dos pais, sob o argumento (falacioso) de que é mais seguro do que em outros lugares. É a segurança para a prática do pecado. Naturalmente, para essas pessoas, com essa mentalidade, não existe pecado. No Brasil, durante muito tempo, o adultério era visto como comportamento criminoso, de traição ao cônjuge fiel. Em nossos dias já não é mais o caso. É visto pela sociedade e pelos legisladores e magistrados como um comportamento irregular, mas não criminoso. O chamado “jogo do bicho” é capitulado, no Código Penal, como contravenção, mas é tolerado, na prática, em todos os lugares do país. Em alguns países, o uso de drogas é considerado crime, até passível de pena de morte, como no meio islâmico. Em outros é apenas uma contravenção, e, dependendo da droga, não é mais crime, e o Estado até ajuda ao dependente de tóxicos. Assim é a ética não-cristã. Varia conforme o tempo, o lugar, e o que a maioria da sociedade entende quanto ao que é certo e o que é errado. O cristão, na realidade, não pode guiar-se por quase nenhuma das abordagens éticas contemporâneas. O antinomismo não serve como referencial, pois prega a ausência de normas. Nela, o homem se faz seu próprio deus. A Bíblia diz : "Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte" (Pv. 14.12). "De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem" (Ec 12.13; ver Pv 4.11,12; 6.23). Depois, é filosofia relativista. Cada um faz o que melhor entende. É o que ocorria com o povo de Israel, quando estava sem líder: "Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada qual fazia o que parecia direito aos seus olhos" (Jz 17.6; 21.25). Aliás, em muitas igrejas, já impera o Antinomismo, quando muitos não obedecem a Bíblia, não há respeito a normas, e cada um faz o que acha melhor. E o servo de Deus não pode ser uma pessoa que vive sem adotar normas de conduta e de comportamento. Com o cristão, esse entendimento não tem acolhida, pois seu código de ética, que é a Bíblia Sagrada, aponta princípios firmes e permanentes, os quais podem e devem ser considerados e obedecidos, em todos os tempos, em todas as culturas, e em todos os lugares. Diante da inadequação das abordagens éticas contemporâneas, resta ao cristão procurar guiar-se pelos princípios bíblicos de ética cristã: - O Princípio da Fé – Rm. 14:22,23 – “A fé que tens, tem-na para ti mesmo perante Deus. Bem-aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova. 23 Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque o que faz não provém de fé; e tudo o que não provém de fé é pecado”. O cristão não precisa recorrer a paradigmas humanos ou lógicos para posicionar-se quanto a atos ou palavras. Se tiver dúvidas, não deve fazer, pois “tudo o que não provém de fé é pecado”. Mas, e se não tiver dúvidas, pode fazer tudo o que aprova? Depende. Não é só uma questão de aprovar ou não aprovar. Alguém pode aprovar algo e fazer, por entender que é de fé. Para exemplificar, temos o caso daquele irmão, membro de uma igreja tradicional, que gostava de tomar cerveja nos finais de semana. Indagado, respondeu “não acho nada demais”. Porém, não soube fundamentar sua opinião na Bíblia. Ou seja, ele aprovava a bebida alcoólica, mas não fundamentava sua atitude na palavra. Ele acabou enfraquecendo na fé, seus filhos desviaram-se todos, envolvidos no vício da bebida, nas drogas e até na prostituição. Já nos ensina o Salmos 42:7 - “Um abismo chama outro abismo”. A pergunta a ser feita é: “O que pretendo fazer ou dizer é de fé, com base na Palavra de Deus, considerados, evidentemente, os abismos temporais e culturais?”. Se a resposta for positiva, a atitude será lícita. Se não, deve ser descartada, por ferir a ética cristã. - O Princípio da Licitude e da Conveniência - Na primeira Carta aos Coríntios, vemos Paulo ensinar: “TODAS AS COISAS ME SÃO LÍCITAS, MAS NEM TODAS AS COISAS CONVÊM; TODAS AS COISAS ME SÃO LÍCITAS, MAS EU NÃO ME DEIXAREI DOMINAR POR NENHUMA” – I Co. 6:16 - “TODAS AS COISAS ME SÃO LICITAS, MAS NEM TODAS AS COISAS CONVEÊM” – I Co. 10:23a. Esse critério orienta o cristão a que não faça as coisas apenas porque são licitas, mas porque são licitas e convêm, à luz do referencial ético que é a Palavra de Deus. Há quem entenda esse principio, argumentando que se podemos fazer algo, é porque é licito. À luz da ética cristã, não é bem assim que se deve argumentar. Primeiro, diante de uma atitude ou decisão a tomar, é preciso indagar se tal comportamento está de acordo com a Palavra de Deus, se tem apoio nas Escrituras. Segundo, mesmo que seja lícito, se convém. Por exemplo: é lícito o crente tomar conhecimento de uma falta cometida por um irmão, e dizê-la a algumas pessoas? Dependendo do caso, podemos responder que sim. Mas há uma outra indagação: Convém dizer? Essa conveniência envolve não só a licitude em si, mas também a oportunidade de se dizer ou não. Conveniência e oportunidade devem juntar-se à licitude na aprovação ou não de uma atitude cristã. Tem aquele caso de um irmão que vendeu um automóvel usado a outro, recebendo a devida importância do comprado, membro da mesma Igreja local. Uma semana depois, o veiculo apresentou grave defeito, “Batendo motor”, como se diz na linguagem dos mecânicos. O comprador diante do prejuízo, procurou o vendedor e reclamou do fato. Este lhe disse que nada tinha a ver com o caso, pois já houvera vendido o veiculo, e que o comprador deveria assumir o dano, pois ocorrera em sua mão. Acontece que, o vendedor sabia que o carro esta preste a apresentar o problema, segundo um mecânico que examinara o carro. Mas silenciou quanto a isso, e passou o carro “para frente”, para um irmão seu em Cristo. Com isso, ele não se pautou pela ética da Palavra de Deus, e causou grande mal-estar entre as respectivas famílias. Fosse o vendedor um verdadeiro cristão, indagaria: “É lícito fazer isso?, e acrescentaria: “Convém a mim, como cristão, agir dessa forma?”. Decerto, se tais perguntas fossem feitas em oração, diante de Deus jamais teriam respostas positivas”. Interessante é dizer que, tempos depois, o vendedor desonesto sofreu grave acidente em outro veiculo, sofrendo danos materiais e humanos. Não terá sido uma cobrança do Juiz de toda terra? Não se deve brincar de ser crente, pois a diz a Bíblia: “NÃO ERREIS: DEUS NÃO SE DEIXA ESCARNECER; PORQUE TUDO O QUE O HOMEM SEMEAR, ISSO TAMBÉM CEIFARÁ”- Gl. 6:7. Conforme este principio o cristão deve indagar: “O que desejo fazer é licito? Convém fazer, segundo a Palavra de Deus?”. Se a resposta for positiva, diante da Bíblia, pode ser feito. Se não, deve ser rejeitado. O que é licito e conveniente não fere outros princípios bíblicos. - O Princípio da Licitude e da Edificação - Diz a Bíblia: “todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam” (1 Co 10.23b). Com base neste texto, não basta que alguma conduta ou proceder seja lícito, mas é preciso que contribua para a edificação do cristão. É um princípio irmão gêmeo do anterior. A ênfase aqui é na edificação espiritual de quem deve posicionar-se ante o fazer ou não fazer algo. Infelizmente, entre as pessoas que mais dão audiência para programas perniciosos, estão muitos crentes, de todas as igrejas evangélicas. No horário noturno, muitas irmãs, e até seus esposos; muitos jovens, ao invés de ir aos templos, cultuar a Deus, estão diante do televisor, assistindo novelas indecentes, recheadas de satanismo e de prostituição; milhares de crentes postam-se diante da TV, para assistir ao famigerado programa, em que pessoas são confinadas numa casa, para serem acompanhadas em suas reações carnais. O índice de audiência é espantoso. As pessoas votam para ver quem vai ser despedido da “experiência” do reality show. Cada ligação telefônica engorda a renda da emissora de TV. É lícito? Para o cristão, cremos que não. Edifica? Muito menos. Pelo contrário. Tal tipo de programação contribui para a destruição dos valores morais, da família e da fé. Diz o salmista: “Atentarei sabiamente ao caminho da perfeição. Oh! Quando virás ter comigo? Portas a dentro, em minha casa, terei coração sincero. 3 Não porei coisa injusta diante dos meus olhos; aborreço o proceder dos que se desviam; nada disto se me pegará.” (Sl 101.2,3). Conforme este principio o cristão deve indagar: “O que desejo fazer é licito? Se é lícito, tal coisa contribui para minha edificação e dos que estão a minha volta? Convém fazer, segundo a Palavra de Deus?”. Se a resposta for positiva, diante da Bíblia, pode ser feito. Se não, deve ser rejeitado. O que é licito e conveniente não fere outros princípios bíblicos. - O Princípio da Glorificação a Deus “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Co 10.31). Aqui, temos um princípio ético abrangente, que inclui não só o comer ou o beber, mas “qualquer coisa”, que demande um posicionamento cristão. Esse princípio da glorificação a Deus é fundamental em momentos cruciais do comportamento cristão. Tenho orientado a juventude quanto ao comportamento a ser seguido pelo jovem cristão, por exemplo, no namoro. É grande a pressão do Diabo e da carne, para a prática do sexo antes do casamento. E há muitas pessoas, inclusive pastores, que preferem fechar os olhos, e deixar que os jovens pequem, alegando que os costumes mudaram, que não se pode fazer nada, etc. Ensino que, havendo uma pressão para a fornicação, basta o jovem ou a jovem indagar: “Posso fazer isso para a glória de Deus?”A resposta, obviamente, será não, se o jovem tiver um mínimo de temor a Deus, e respeito à sua palavra. Diz Paulo: “Foge, também, dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, a caridade e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor” (2 Tm 2.22). Assim, qualquer atitude ou decisão a tomar, em termos morais, financeiros, negócios, transações, etc., tudo pode passar pelo crivo do princípio da glorificação a Deus, e o crente fiel, na direção do Espírito Santo, saberá responder sem maiores dificuldades. - O Princípio da Ação em Nome de Jesus “E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai” (Cl 3.17). A condição do crente para realizar ou deixar de realizar algo decorre da autoridade que lhe foi conferida pelo Nome de Jesus. Assim, quando o cristão se vê na contingência de tomar uma decisão, de ordem espiritual, ou humana, pode muito bem concluir pela ação ou não, se puder realizá-la no nome de Jesus, conforme orienta o apóstolo Paulo aos irmãos Colossenses. Suponhamos que um irmão é tentado a adulterar com uma mulher, amiga sua. Se ele se descuidar, não vigiando e orando, poderá cair. Mas, se diante da proposta diabólica, indagar: “Posso fazer isso ‘Em nome do Senhor Jesus?’” É lógico que, se ele tiver um pouco de temor a Deus, jamais irá fazer algo pernicioso em nome de Jesus. - O Princípio do Fazer Para o Senhor “E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens” (Cl 3.23). Na vida cristã, surgem verdadeiras armadilhas, como testes para a fé e a convicção do servo de Deus. Um exemplo marcante do desrespeito aos princípios éticos tem sido anotado, com relação à conduta de certos políticos evangélicos, em câmaras municipais, em assembléias legislativas e até no Congresso Nacional. Em momentos críticos, em que a nação exigia um posicionamento sério, ante as injustiças e a corrupção, houve casos em que certos políticos crentes ficaram ao lado daqueles que não atendiam aos legítimos interesses do povo, e muito menos do povo evangélico. Em troca de favores, de emissoras de rádio, de verbas públicas, de cargos públicos, houve casos em que cristãos agiram para agradar aos homens e não ao Senhor. Isso é antiético e anticristão. Esses homens esquecem-se do que fez Daniel, na Babilônia, quando manteve sua fé e conduta, diante de Deus, permanecendo em oração, mesmo sob a ameaça de uma lei injusta, elaborada pelos homens ímpios e invejosos. Preferiu ir para a cova dos leões, confiando no Deus Todo-poderoso, do que se encurvar à vontade de homens maus. Todos nós sabemos a história desse homem de Deus, que foi um modelo de integridade moral e espiritual, ao lado dos três jovens Hananias, Misael e Asarias. Estes preferiram ser lançados na fornalha de fogo ardente, aquecida sete vezes mais, a se encurvarem diante dos ídolos e dos homens. - O Princípio do respeito ao Irmão Mais Fraco “Mas vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos. Porque, se alguém te vir a ti, que tens ciência, sentado à mesa no templo dos ídolos, não será a consciência do que é fraco induzida a comer das coisas sacrificadas aos ídolos? E, pela tua ciência, perecerá o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu. Ora, pecando assim contra os irmãos e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra Cristo. Pelo que, se o manjar escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize” (1 Co 8.9-13). No texto bíblico acima, vemos que o apóstolo ensinava sobre os que comiam coisas sacrificadas aos ídolos. Paulo diz que os mesmos tinham “fraca consciência” e que os que têm ciência, sentando-se à mesa no templo dos ídolos, podem induzir o que é fraco a pecar. “E, pela tua ciência, perecerá o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu... ferindo a sua fraca consciência, e pecando contra Cristo”. Desse texto, podemos tirar várias lições para a vida do cristão em relação aos outros irmãos mais novos na fé, ou mesmo antigos, que têm consciência fraca. O apóstolo chega ao extremo de dizer que se pelo manjar que come, um irmão se escandaliza, nunca mais haveria de comê-lo. Devemos sempre lembrar que, no meio da igreja local, há o “trigo”, que são os crentes fiéis, santos e cumpridores da Palavra. E há o “joio”, que são os crentes desobedientes, que não têm compromisso com Deus. Ver Romanos 8.13-20. - O Princípio da Prestação de Contas “Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos ide comparecer ante o tribunal de Cristo. Porque está escrito: Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14.10-12). Jesus, em seu ministério terreno, chamou a atenção para a prestação de contas, por ocasião de sua vinda em glória: “Porque o Filho do Homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e, então, dará a cada um segundo as suas obras” (Mt 16.27). Obras falam de atitudes, de comportamento, de ação. Em termos da ética cristã, não há dúvida de que cada pessoa prestará contas a Deus, no seu tribunal divino, do que fizer ou deixar de fazer. Isso em relação à prestação de contas futura, em termos escatológicos. Entretanto, aqui mesmo, nesta vida, há muitos de quem Deus tem cobrado a prestação de contas antecipadamente por causa de seus atos pecaminosos, e há, também, aqueles a quem o Senhor tem galardoado pelas suas boas obras ou atitudes. Diz a Bíblia: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida eterna. E não nos cansemos ide fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” (Gl 6.7-10). - O Princípio do Evitar a Aparência do Mal “Abstende-vos de toda aparência do mal” (1 Ts 5.22). A aparência do mal pode prejudicar a reputação de um servo de Deus. A Bíblia, em sua sublime sabedoria, adverte o cristão para que tome cuidado não só com o mal, mas com sua aparência. O perigo em desrespeitar esse princípio reside no fato de se correr o risco de que alguém, imprudentemente, possa confundir a atitude de um servo ou serva de Deus, espalhando boatos inverídicos. Quando isso acontece, mesmo que haja um esclarecimento posterior, a pessoa torna-se alvo de críticas e insinuações malévolas que, uma vez espalhadas, são como penas que se soltam ao vento. Fáceis de se espalhar; difíceis de serem recolhidas. Concluindo, no mundo atual, em que os absolutos foram todos desprezados, dando lugar ao relativismo exacerbado, o cristão só pode transitar, e posicionar-se corretamente, se souber observar os princípios éticos, emanados da Bíblia Sagrada. Tudo muda no mundo dos homens. Mas, diante de Deus, sua palavra tem valor absoluto, e pode ser o guia seguro e forte contra os vendavais do relativismo avassalador, que tem invadido, até, os arraiais das igrejas evangélicas. Relembrando, disse Jesus: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt 24.3); disse o salmista: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho” (Sl 119.105)

Aula do dia 25.09.2012.

Ética no 1º testamento, no 2º Testamento, a ética aplicada por Jesus e por Paulo. INTRODUÇÃO A ÉTICA DO ANTIGO TESTAMENTO Desde a Criação do mundo, do homem, da mulher e a confiança em ambos depositada pelo Criador logo definiu qual deveria ser o padrão de conduta para merecer o recebimento das bênçãos Divinas: um compromisso estabelecido, uma palavra dada sempre devem ser mantidos. Esta é uma entre tantas lições que se aprende do pecado ocorrido no Éden. O Dilúvio que devastou o mundo a fim de purificá-lo com suas águas, poupou um único homem bom e justo, Noé e sua família, fornecendo uma prova ímpar sobre a importância de quem se conduz com moralidade no mundo. Jacó, apesar de tantas vezes ter sido enganado por seu sogro Labão, homem sem escrúpulos, que trocava um sem número de vezes sua palavra, cumpriu compromissos mesmo duvidosos afim de manter intacta sua integridade, o que o levou a sacrificar 20 anos de sua vida trabalhando sem trégua. 1. A ÉTICA DO 1ª TESTAMENTO 1.1 O caráter ético de Deus A religião dos judeus tem sido descrita como “monoteísmo ético”. O 1ª Testamento fala da existência de um único DEUS, o criador e Senhor de todas as coisas. Esse Deus é pessoal e tem um caráter positivo, não negativo ou neutro. Esse caráter se revela em seus atributos morais. Deus é Santo (Lv 11, 45; Sl 99, 9), justo (Sl 11, 7; 145, 17), verdadeiro (Sl 119, 160; Is 45, 19), misericordioso (Sl 103, 8; Is 55, 7), fiel (Dt 7, 9; Sl 33, 4). 1.2 A natureza moral do homem A Escritura afirma que Deus criou o ser humano à sua semelhança (Gn 1, 26-27). Isso significa que o homem partilha, ainda que de modo limitado, do caráter moral de seu Criador. Embora o pecado haja distorcido essa imagem divina no ser humano, não a destruiu totalmente. Deus requer uma conduta ética das suas criaturas: “Sede santos porque eu sou santo” (Lv 19, 2; 20, 26). 1.3 A Lei de Deus A lei expressa o desejo que Deus tem de que as suas criaturas vivam vidas de integridade. Há três tipos de leis no Antigo Testamento: cerimoniais, civis e morais. Todas visavam disciplinar o relacionamento das pessoas com Deus e com o seu próximo. A lei inculca valores como a solidariedade, o altruísmo, a humildade, a veracidade, sempre visando o bem-estar do indivíduo, da família e da coletividade. 1.4 Os Dez Mandamentos A grande síntese da moralidade bíblica está expressa nos Dez Mandamentos (Ex 20, 1-17; Dt 5, 6-21). As chamadas “duas tábuas da lei” mostram os deveres das pessoas para com Deus e para com o seu próximo. O Reformador João Calvino falava nos três usos da Lei: judicial, civil e santificador. Todas as confissões de fé reformadas dão grande destaque à exposição dos Dez Mandamentos. 1.5 A contribuição dos profetas Alguns dos preceitos éticos mais nobres do Antigo Testamento são encontrados nos livros dos Profetas, especialmente Isaías, Oséias, Amós e Miquéias. Sua ênfase está não só na ética individual, mas social. Eles mostram a incoerência de cultuar a Deus e oferecer-lhe sacrifícios, sem todavia ter um relacionamento de integridade com o semelhante. Ver Isaías 1, 10-17; 5, 7 e 20; 10 1-2; 33, 15; Oséias 4, 1-2; 6, 6; 10, 12; Amós 5, 12-15, 21-24; Miquéias 6, 6-8. 2. A ÉTICA DO 2ª TESTAMENTO 1. A ética do Novo Testamento não contrasta com a do Antigo, mas nele se fundamenta. Jesus e os Apóstolos desenvolvem e aprofundam princípios e temas que já estavam presentes nas Escrituras Hebraicas, dando também algumas ênfases novas. 2. A ética de Jesus: a ética de Jesus está contida nos seus ensinos e é ilustrada pela sua vida. O tema central da mensagem de Jesus é o conceito do “reino de Deus”. Esse reino expressa uma nova realidade em que a vontade de Deus é reconhecida e aceita em todas as áreas. Jesus não apenas ensinou os valores do reino, mas os exemplificou com a vida e o seu exemplo. 3. O Sermão da Montanha: uma das melhores sínteses da ética de Jesus está contida no Sermão da Montanha (Mateus Caps. 5 a 7). Os seus discípulos (os Filhos do Reino) devem caracterizar-se pela humildade, mansidão, misericórdia, integridade, busca da justiça e da paz, pelo perdão, pela veracidade, pela generosidade e acima de tudo pelo amor. A moralidade deve ser tanto externa como interna (sentimentos, intenções): Mt 5, 28. A fonte do mal está no coração: Mc 7, 21-23. 4. A vontade de Deus: Jesus acentua que a vontade ou o propósito de Deus é o valor supremo. Vemos isso, por exemplo, em Mt 19, 3-6. O maior pecado do ser humano é o amor próprio, o egocentrismo (Lc 12, 13-21; 17, 33). Daí a ênfase nos dois grandes mandamentos que sintetizam toda a lei: Mt 22, 37-40. Outro princípio importante é a famosa “regra de ouro”: Mt 7, 12. 5. A ética de Paulo: Paulo baseia toda a sua ética na realidade da redenção em Cristo. Sua expressão característica é “em Cristo” (II Co 5, 17; Gl 2, 20; 3, 28; Fp 4, 1). Somente por estar em Cristo e viver em Cristo, profundamente unido a Ele pela fé, o cristão pode agora viver uma nova vida, dinamizado pelo Espírito de Cristo. Todavia, o cristão não alcançou ainda a plenitude, que virá com a consumação de todas as coisas. Ele vive entre dois tempos: o “já” e o “ainda não”. 6. Tipicamente em suas cartas, depois de expor a obra redentora de Deus por meio de Cristo, Paulo apresenta uma série de implicações dessa redenção para a vida diária do crente em todos os aspectos (Rm 12, 1-2; Ef 4, 1) 7. Entre os motivos que devem impulsionar as pessoas em sua conduta está a imitação de Cristo (Rm 15, 5; Gl 2, 20; Ef 5, 1-2; Fp 2, 5). Outro motivo fundamental é o amor (Rm 12, 9-10; I Co 13, 1-13; 16, 14; Gl 5, 6). O viver ético é sempre o fruto do Espírito (Gl 5, 22-23). 8. Na sua argumentação ética, Paulo dá ênfase ao bem-estar da comunidade, o corpo de Cristo (Rm 12, 5; I Co 10, 17; 12, 13 e 27; Ef 4, 25; Gl 3, 28). Ao mesmo tempo, ele valoriza o indivíduo, o irmão por quem Cristo morreu (Rm 14, 15; I Co 8, 11; I Ts 4, 6; Fm 16) 9. Acima de tudo, o crente deve viver para Deus, de modo digno dele, para o seu inteiro agrado: Rm 14, 8; II Co 5, 15; Fp 1, 27; Cl 1, 10; I Ts 2, 12; Tt 2, 12. Unidade III - Ética aplicada VISÃO GERAL DAS ABORDAGENS ÉTICAS Todas as abordagens éticas partem da necessidade de se responder a questões que envolvem o que é certo e o que é errado. Por exemplo: Mentir é sempre errado? Há situações em que deixar de falar a verdade é justificável para o cristão? O aborto é certo, se uma jovem crente for vítima de um estupro? O posicionamento do cristão, neste início de milênio, não é fácil de ser tomado, face às abordagens e questões éticas contemporâneas. É que, em termos de moral, de conduta, de costumes, que formam as culturas dos povos, o que se vê é um verdadeiro terreno escorregadio e pantanoso, em que nãos e sabe onde o certo termina, e começa o errado. Os limites da moral estão cada vez mais sendo elastecidos e abolidos. O que era certo há apenas 10 anos, hoje é visto como errado, o que era errado, agora é visto como certo... Diante disso, a sociedade sem Deus, materialista e hedonista, não tem referenciais seguros, em que se possa confiar. O profeta Isaias bem traduziu esse fenômeno, há quase mil anos antes de Cristo, quando bradou: “AI DOS QUE AO MAL CHAMAM BEM E AO BEM, MAL! QUE FAZEM DA ESCURIDADE LUZ, E DA LUZ, ESCURIDADE, E FAZEM DO AMARGO DOCE, E DO DOCE, AMARGO!” – Is. 5:20. Isso prova que a humanidade, não obstante o perpassar dos séculos, continua a mesma, em termos de ética e moral, sob o domínio avassalador dos formadores de opinião; principalmente nos tempos pós-modernos, com a influência dos meios de comunicação, notadamente da TV e da Internet, a rede mundial de computadores, que colocam dentro dos lares uma gama imensa de informações, as quais, na maioria dos casos, não permitem ao expectador uma filtragem daquilo que é certo ou errado. Admitindo que tudo isso seja verdade, como deve o cristão posicionar-se, face às questões éticas e suas abordagens mais comuns? A resposta não pode ser tão simples, mas o cristão tem a vantagem de possuir um código de ética extraordinário, que é a Bíblia Sagrada, por ele aceita como inspirada a revelada por Deus, através do Espírito Santo. Ele pode dizer com ousadia, como fez o salmistas: “LÂMPADA PARA OS MEUS PÉS É A TUA PALAVRA E LUZ, PARA O MEU CAMINH0” – Sl. 119:105. - Pode confiar no que disse Jesus em relação a sua Palavra: “O CÉU E A TERRA PASSARÃO, MAS AS MINHAS PALAVRAS NÃO HÃO DE PASSAR” – Mt. 24:34. - Essa afirmação é fundamental, é alicerce inabalável para o crente em Jesus. Ele sabe que tudo pode passar neste mundo, os homens, as idéias, as coisas, a moral, os usos e costumes, mas as palavras de Jesus não passarão.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Sobre autores e textos ...

Escrever não é, somente, simples ferramenta de comunicação. Não é possível apenas lançar mão de signos e fazê-los dizer isso ou aquilo, mecanicamente. Essa não é a vocação da escrita. Escrever é fazer escolhas; ao optar por essa ou aquela palavra, se faz uma espécie de seleção ou recorte. Ou seja, diante da folha em branco, o autor faz opções - conscientes ou não - pelos rumos que seu texto tomará. E, ao se permitir escolher, empresta ao texto uma autonomia toda especial. Não que o texto, nesse primeiro momento, passe a ter vida própria já, mas que sua mensagem criará uma realidade específica e, de certo modo, distinta da concretude do aqui e agora. São nesses termos que se pode dizer que um texto é autônomo: ele cria uma realidade toda própria. Por conta disso, não seria exagero dizer que todo texto - qualquer texto - é uma peça de ficção ou um exercício de fantasia. A realidade do texto é, sempre, distinta da realidade crua da vida. O autor, ao fazer suas escolhas e assumir suas preferências, se coloca por trás das palavras e, ao mesmo tempo que revela interesses e intenções, se esconde no texto. Não me parece correta a ideia que o autor se entrega por meio de seu texto. O que ocorre é uma auto-criação do autor por meio de sua produção textual. Ao mesmo tempo que o autor escreve, ele seleciona o que de si quer revelar. Os textos nascem da realidade, mas dela tratam com o distanciamento que a palavra exige e, nesse processo, concedem-na uma dimensão toda especial, onde fato e fantasia se comungam mutuamente. Pensar que fantasia é falseamento da realidade é o mesmo que dizer que a realidade existe em si mesma e não requer mediações para sua compreensão. E isso não é verdade. Tudo que nos cerca - mesmo nós mesmos - carece de uma linguagem para poder dizer-se. Toda linguagem, ainda que endurecida pelo rigor dos conceitos, está sempre eivada de fantasia. Toda linguagem é, de algum modo, fantástica. Isso revela duas surpreendentes descobertas. A primeira é que, necessariamente, a relação que estabelecemos com a realidade passa pelo viés da inventividade. A palavra foi o meio que desenvolvemos para capturar e tratar a realidade. A segunda é que, nesse processo de apropriação simbólica da realidade, plantamos a possibilidade de transformar essa mesma realidade. O que significa dizer que a dimensão fantástica dos textos é, em algum sentido, revolucionária. Prova disso é a linguagem simbólica de textos religiosos na Antiguidade. O apocalipse do Novo Testamento, por exemplo, é esplêndido e fantástico na suas descrições da realidade. O que parece incrível e sem sentido, na verdade, é a via possível de aproximação com a história e, ao mesmo tempo, uma tentativa de transformação dela. Um texto não é, por isso, um espelho; antes, talvez, uma janela por onde o leitor tenta enxergar algo ou mesmo a si próprio; um espaço pelo qual o autor burla a si mesmo. Inventa-se e esconde-se. Projeta-se e lança-se adiante. Transforma-se e transforma seu entorno. Na escola, o desafio de professores e currículos é favorecer que a dimensão libertadora da Literatura encontre eco entre estudantes. Quando a escola conseguir transformar alunos em leitores e leitores em autores, conseguirá também mudar o rumo da História. Um texto não diz nada além do que desejamos ser. Quem está no texto é um autor. Esse, todavia, é diferente da pessoa que escreve. Não apenas o texto é uma criação; o autor, ele mesmo, é uma construção de si. Pelo texto, nos inventamos e nos transformamos constantemente. Escrito por:Ricardo Lengruber Lobosco Secretário Municipal de Educação Nova Friburgo/RJ

Definição da Ética pelos três maiores pensadores da Grécia Antiga. “Sócrates, Platão e Aristóteles”

Definição da Ética pelos três maiores pensadores da Grécia Antiga. “Sócrates, Platão e Aristóteles” O conceito consiste na decadência moral de Atenas, fruto da mudança de uma sociedade tradicional por uma sociedade mercantil, este acontecimento dissuadiu o bem individual do bem coletivo, fazendo assim que novos parâmetros fossem estabelecidos para harmonizar os dois conceitos vividos. Tendo os três filósofos, os sofistas, como principais responsáveis pelas questões apresentadas, e com estes argumentavam, pois todo princípio ético e moral era mera convenção, desprovida de significado em si. Os três começaram a argumentar uma nova Teoria Ética, onde , que o homem só pode ser feliz se seguir os princípios da ética formada. O tratamento com a visão do tema, varia um pouco em relação a cada um dos pensadores, segundo a sua própria interpretação de Mundo. E enquanto Sócrates formula o problema, Platão tenta criar uma Ética Ideal que molde os homens a viver na virtude, enquanto Aristóteles busca uma Ética do Possível, que não desrespeite a paixões humanas – ignoradas por Platão para quem o homem é uma tabula rasa na qual qualquer coisa pode ser escrita – mas antes as oriente pelo caminho da ponderação até a maturidade racional do equilíbrio. "Se imaginais que, matando homens, evitareis que alguém vos repreenda a má vida, estais enganados; essa não é uma forma de libertação, nem é inteiramente eficaz, nem honrosa; esta outra, sim, é mais honrosa e mais fácil: em vez de tampar a boca dos outros, preparar-se para ser o melhor possível." (Palavras atribuídas a Sócrates por Platão, ao final do seu julgamento) Conceituação de Ética. No seu sentido abrangente (lembrando que a definição não se fecha aqui), implicariam em um exame do comportamento humano, hábitos e caráter, caberia uma descrição ou historia dos hábitos do individuo em sociedades especificas e em diferentes épocas, o que nos levaria a ficar fora do foco de nosso senso comum, que é buscar a definição e sua aplicação no Cristianismo. A ética deve restringe-se ao campo particular do caráter e da conduta do individuo à medida que esses estão relacionados a certos princípios, de uma sociedade ou de um grupo. O CONCEITO 'ÉTICA CRISTÃ' A ética cristã que pertencia a visão de mundo da época de Maquiavel era uma ética que tinha uma história de 1500 anos. Sua referência principal são os mandamentos de Deus. A pauta desta ética é uma lista de virtudes a serem seguidas pelo crente em Deus e imitador de Cristo: Compaixão, Perdão, Misericórdia, Humildade, Honestidade, Tolerância. Praticar estas virtudes tem como fim principal o aprimoramento da alma conseqüentemente, ter direito ao paraíso celeste. Utilizada pelos reis da Itália, estas virtudes serviam como um modo de dominar os súditos. Maquiavel as chamou de virtudes passivas para contrapô-las às virtudes ativas greco-romanas. Maquiavel disse que para unificar a Itália num único Estado a ética cristã deveria ser desvinculada da política. Isso implica em dizer que o bom governante não teria que ser necessariamente uma boa pessoa ou uma pessoa honesta, não faria parte dos pré-requisitos a um bom governante ter seu caráter pautado pela ética cristã. Ao defender adoção do regime republicano, nos moldes da Antiga Roma, para a sua época como forma de unificar a Itália, fez perceber que esta forma de governo já exige e trás em si uma ética diferente, uma ética pautada pelas virtudes ativas: prudência, justiça, coragem e temperança (cinco virtudes cardeais). Para fundar uma Nova Itália, estas virtudes eram essências, e elas estavam voltadas para a fundação e manutenção do Estado. Como o regime republicano significa o cuidado da coisa pública sob o império da lei, o que se tem é uma ética na política e não uma ética dos políticos. Portanto, não se deve esperar do político que ele seja ético, deve-se esperar dele que cuide bem da coisa pública, caso ele não cuide bem, por exemplo, agindo corruptamente, a lei deve, então, ser aplicada. A ética na política significa justamente isso: um Estado forte que não permita o descumprimento da lei. Assim, há uma ética implicita no regime republicano diferente da ética cristã. Fonte:http://www.philosophy.pro.br Por: Reverendo Paulo Cesar de Oliveira

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Fundamentação da ética nos séculos XVII e XVIII. O texto trás algumas das filosofias que expõe o pensamento sobre a ética. A fundamentação dos pensadores gira em torno do EGOISMO E DO ALTRUÍSMO, fazendo uma ligação da necessidade do cidadão egoísta, com a sociedade, percebe-se que para sobreviver ele tem que moldar seu modo de vida ao sistema altruísta. É percebido que em uma sociedade a qualidade da moral reflete na qualidade do espaço que ela vive, na perspectiva psicológica o altruísta nasce do egoísmo, o homem além de sentir a necessidade do bem estar exterior, também necessita do bem estar de sua alma. Sendo ele totalmente e radicalmente egoísta, não consegue unir os dois pontos do bem estar . Há a necessidade dele anular sua índole má e praticar o altruísmo, para que deste modo encontrando o equilíbrio para a vida. Tendo uma sociedade onde a vida Moral dos participantes são estruturadas, os egoístas levam vantagens por sua boa conduta, ma por acaso eles mantiverem o seu lado egoísta exacerbado, este indivíduo não poderá viver com a intensidade o bem estar que a sociedade oferece. Afirma-se que o Altruísmo e um conjunto de atitudes que a sociedade transmite ao indivíduo ou seja e a Ética Social aplicada. No discurso do século XVII, os pensadores têm a concepção de Ética. Para Hobbes , a sociedade é a única m a deter as normais de conduta na sociedade e para Locke Deus e a sociedade dividem o peso da conduta Moral e Helviters a sociedade não tinha o poder influenciar o indivíduo para a conduta Moral e nem poderia indicar a direção a tomar. Em uma definição generalizada, a Moral, é a teoria da arte de dirigir as ações da Humanidade de maneira a produzir o máximo de felicidade. Em relação a Religião, podemos dizer que a mesma não pode ditar normas, mas indicar quais éticas são puras, e que quais elevam a honra e o bem estar social e Espiritual Por: Reverendo Paulo Cesar de Oliveira.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O Cristão e a Ética. Estamos vivendo um momento em nossa nação, em que está sendo discutida de forma veemente a falta da moral (CPI mensalão, CPI Cachoeira ...), em que alguns cidadãos, muitas das vezes acima de quaisquer suspeita, utilizam de imoralidade, para assim agir de forma dolosa a favor si e de um grupo fechado, os membros se calam, e este silêncio demonstra um total desprezo com a ética e a Moral da Nação, qual eles vivem. Nesta Nação, vivemos em uma Cultura que nos parece, que a amoral prevalece , na verdade, está embutida no pensamento e agir de uma casta da sociedade, onde aos seus “olhos” a moral e a ética é só para uma parte da população, estes, estão acima, onde não existe imoralidade, pois onde não a moral a ética não é praticada, mas a amoral é executada . Dando continuidade a linha deste pensamento, deparamos com 4 (quatro) conceitos distinto entre si, em que a todo o momento, aparece na formação de uma sociedade, que são: Moral, ética, imoralidade e amoral. Podemos aqui, rever os conceitos apresentados neste pequeno artigo e refletir desta maneira, qual deve ser nossa conduta diante da sociedade da qual estamos inseridos e vivendo. Respondendo estas perguntas, queremos aqui nos colocar no papel de dispenseiros da Fé Cristã, da ética e dos bons costumes. Definimos os conceitos (acreditando que não se encerra aqui a definição dos conceitos): Utilizando o Dicionário MICHAELIS (on line). Moral: mo.ral adj (lat morale) 1 Relativo à moralidade, aos bons costumes. sf 1 Parte da Filosofia que trata dos atos humanos, dos bons costumes e dos deveres do homem em sociedade e perante os de sua classe. 2 Conjunto de preceitos ou regras para dirigir os atos humanos segundo a justiça e a eqüidade natural. sm 1 Conjunto das nossas faculdades morais. 2 Disposição do espírito, energia para suportar as dificuldades, os perigos. sm 1 Conjunto das nossas faculdades morais. 2 Disposição do espírito, energia para suportar as dificuldades, os perigos. 3 Tudo o que diz respeito ao espírito ou à inteligência (por oposição ao que é material). M. cristã: a moralidade que em si contém os preceitos evangélicos. Podemos assim definir que a moral é tudo aquilo referente a um conjunto de princípios, preceitos, comandos, proibições, permissões, normas de conduta, valores e ideais de vida boa. Ou seja, moral é um sistema de conteúdos, um determinado “modelo ideal de boa conduta socialmente estabelecida” que reflete determinada forma de vida em uma Sociedade especifica. Ética: é.ti.ca sf (gr ethiké) 1 Parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana. É ciência normativa que serve de base à filosofia prática. 2 Conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma profissão; deontologia. 3 Med Febre lenta e contínua que acompanha doenças crônicas. É. social: parte prática da filosofia social, que indica as normas a que devem ajustar-se as relações entre os diversos membros da sociedade. Podemos aqui, então definir a palavra Ética, Motta (1984) um “conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, outrossim, o bem-estar social”, ou seja, Ética é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social. Imoralidade: i.mo.ra.li.da.de sf (imoral+i+dade) 1 Qualidade de imoral. 2 Falta de moralidade. 3 Desonestidade, devassidão, indecência. 4 Desregramento. 5 Prática de maus costumes. Podemos definir a palavra imoral como Imoral: Trabalho publicado em Hisalzer às 3:49 PM “É tudo aquilo que é considerado desonesto, libertino, contrário à moral, ou seja, é toda a conduta ou doutrina que contraria a regra moral prescrita para um dado tempo e lugar”. Amoral: a.mo.ral adj m+f (a4+moral) 1 Que está fora da noção de moral ou de seus valores: O mundo físico é amoral. 2 V amoralista. Hermann I A Salzer define assim: “É tudo aquilo que não é nem contrário nem conforme a moral, que é privado de qualificação moral. Ou seja, é toda pessoa que não tem senso do que sejam moral e ética, sendo a questão moral desconhecida ou estranha para este indivíduo, portanto, este não leva em consideração preceitos morais”. Portanto, a Ética praticada pelos Cristãos (Ética Cristã), tem que estar balizada no prática e convívio da Sociedade formada, em conjunto com as diretrizes e com os preceitos da Fé Cristã. Isto em todos os níveis de atitude, fazendo a todo momento uma reflexão do momento em que a sociedade está vivendo, para assim tomar “posição” diante dos desafios que está sociedade Globalizada nos impõe. "Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória. Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; Pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência" (Colossenses 3:1-6). Por: Reverendo Paulo Cesar de Oliveira

terça-feira, 28 de agosto de 2012

TÔ IDOSO! Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítico de mim mesmo. Eu me tornei meu próprio amigo. .. Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu pátio. Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante. Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento. Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia? Eu Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 &70, e se eu, ao mesmo tempo, desejo chorar por um amor perdido ... Eu vou. Vou andar na praia em um calção excessivamente largo sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set. Eles, também, vão envelhecer. Eu sei que às vezes esqueço algumas coisas. Mas há mais algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes. Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito. Eu sou tão abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto. Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata. Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais. Eu ganhei o direito de estar errado. Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser idoso. A idade me libertou. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer). AUTOR: Desconhecido

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Sobre políticos e técnicos: Muito se tem dito nos últimos tempos sobre a necessidade de habilidades técnicas na administração pública. E isso, sempre, em detrimento das características puramente políticas. Como se o técnico devesse se sobrepujar ao político. Ou como se o político, por si só, fosse menor e, até, ruim. Vejo que, na verdade, o problema está na compreensão que temos sobre técnica, por um lado, e política, por outro. Técnica (do grego téchne, que se traduz por arte ou ofício) é o conjunto de procedimentos que têm como objetivo obter um determinado resultado. Técnico é aquele que, conhecendo um determinado campo do saber e da prática, envida seus esforços no sentido de obter os melhores resultados naquela tarefa específica. O termo política, por seu turno, como se sabe, é derivado do grego antigo politeía, que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida humana. Político é aquele que tem como preocupação a coisa pública; aquele que se debruça sobre as demandas e reclames da sociedade e a ela procura servir. Ocorreu, infelizmente, uma corrupção do significados de ambos os termos. Técnica passou a ser sinônimo, exclusivamente, de especialização. E política, pior ainda, passou a designar a arte de dialogar com o objetivo de manutenção do poder. Aliás, a grande e mais equivocada de todas as aproximações foi a da política com poder. Há uma profunda distinção entre poder e serviço. O poder do qual é investido a pessoa pública deve, obrigatoriamente, estar a serviço da coletividade. Suas vantagens devem ser vistas como condição para o serviço e não como distinção ou privilégio. Sempre que o poder for querido por si mesmo e como um fim nele mesmo, não teremos conseguido captar o verdadeiro significado de democracia, delegação, representatividade, serviço público etc. Penso que a sociedade contemporânea não deseja mais simples políticos que almejam o poder pelo poder. Tampouco pode se entregar aos técnicos especialistas que, por uma miopia crônica, não conseguem ver além do quintal de suas especificidades. O século XXI reclama por sociedades mais coesas, sustentáveis e conscientes de suas necessidades e potencialidades. Aos governantes deve caber a difícil tarefa de conciliar técnica e política. A capacidade de equilibrar a flexibilidade da política que, por espírito público, é sensível ao diálogo e às alianças, mas que prioriza a capacidade efetiva de realizar e executar. Penso que não há bons ou maus administradores públicos por serem mais ou menos político, mais ou menos técnicos. O que há, na verdade, é gente competente ou incompetente. Indivíduos que sabem - uns mais, outros menos - articular flexibilidade política e eficiência técnica com vistas à coisa pública. Cabe à sociedade - aos eleitores - a decisão sobre a questão. Eleição não é competição entre forças políticas. Não pode ser vista como corrida pelo poder. Tampouco deve ser compreendida como arena onde há vencidos e vencedores. Eleição é a suprema oportunidade que as lutas da História nos deram de decidir por nosso futuro e intervir em nosso destino. Sempre que votamos por qualquer motivação, que não seja o interesse público, jogamos fora irresponsavelmente o sangue e as lágrimas de gerações inteiras que lutaram contra as ditaduras de todas as formas. Para além de políticos e técnicos - vistos equivocadamente como coisas distintas - o que realmente precisamos é de gente competente, honesta e eficiente. Homens e mulheres que sejam capazes de se solidarizar com os mais fracos da sociedade; que sejam sensíveis às necessidades concretas de seu povo; e, acima de tudo, gente de coragem que aceite o desafio de transformar o estado atual das coisas. Vejo que política, por si só, só nos dará mais do mesmo. Técnica, em si mesma, só nos dará a ilusão de poder fazer sem, necessariamente, ter condições efetivas de executar. O que desejamos, como civilização que almeja dignidade, é competência que se traduz na generosa capacidade de decidir sempre pelo bem, pelo certo e pelo público. Por: Ricardo Lengruber Lobosco Secretário Municipal de Educação