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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Aula do dia 02.10.2012.

- PRINCÍPIOS DA ÉTICA CRISTÃ- Um jovem casado há poucos meses, descobriu que sua esposa houvera adulterado com um amigo de trabalho. Ao sentir-se traído, ficou frustrado e procurou sua sogra para desabafar e dizer que iria buscar a separação. A mãe d jovem adúltera procurou consolar o genro, dizendo que não precisava ficar tão perturbado, uma vez que nos dias atuais isso é coisa muito comum. Bastava perdoar e conviver. No caso, o rapaz procurou o caminho do divórcio. É um exemplo simples e claro de que o modo de ver as coisas muda de geração para geração, mesmo as questões de princípios considerados consistentes. A sogra do jovem era de uma geração bem mais madura, mas sua forma de pensar estava ligada ao que é “comum”, “nos dias atuais”. O cristão, nesse ambiente, tem dificuldade para encontrar seu lugar. O modo de pensar e de agir, com base na ética cristã, tem amplo respaldo na Bíblia Sagrada. E dá lugar à definição de alguns princípios ou parâmetros éticos, que são bem claros e objetivos. Estes são diferentes dos princípios da sociedade sem Deus, os quais são inconsistentes, variáveis, mutáveis, e acima de tudo, relativísticos. Até mesmo as leis, que deveriam servir de fundamento para a conduta do indivíduo, variam conforme o tempo, a época, os costumes, as inovações e tudo o que mudar no meio social. A ética contemporânea é uma “abordagem ética, segundo a qual, não existem normas objetivas a serem obedecidas. É a ausência de normas. Tudo depende das pessoas, e das circunstâncias. Jean Paul Sartre, um dos filósofos, defensores dessa idéia, diz que o homem é plenamente livre. Num dos seus textos ele escreve: "Eu sou minha liberdade"... "E não sobrou nada no céu, nenhum certo ou errado, nem alguém para me dar ordens... estou condenado a não ter outra lei senão a minha..." (Geisler, p. 30,31). Esse tipo de visão encontra abrigo na mente de muita gente, principalmente entre os mais jovens, que anseiam por liberdade, sem refletir muito bem sobre as responsabilidades que nossas ações incorrem. Na rebelião da juventude, na década de 60, os jovens, na França, bradaram: "é proibido proibir". Na onda do movimento hippie, muitos naufragaram, consumindo e consumidos pelas drogas, adotando um estilo de vida paradoxal, que visava, no entender de seus amantes, irem de encontro à sociedade organizada, passando por cima de suas normas e de seus valores. A moralidade moderna é um pântano lodoso, em que as pessoas, principalmente os adolescentes e jovens, afundam-se mais e mais. A mídia também dá sua contribuição negativa para a ética e os bons costumes. Nas novelas, o falso “amor livre” é exaltado. A fornicação, o adultério, a prostituição, e o homossexualismo são divulgados, nas programações, ditas culturas, como se fossem algo perfeitamente normal. É comum, em certos programas televisados incentivarem-se os jovens a levarem seus namorados ou namoradas para dormir na casa dos pais, sob o argumento (falacioso) de que é mais seguro do que em outros lugares. É a segurança para a prática do pecado. Naturalmente, para essas pessoas, com essa mentalidade, não existe pecado. No Brasil, durante muito tempo, o adultério era visto como comportamento criminoso, de traição ao cônjuge fiel. Em nossos dias já não é mais o caso. É visto pela sociedade e pelos legisladores e magistrados como um comportamento irregular, mas não criminoso. O chamado “jogo do bicho” é capitulado, no Código Penal, como contravenção, mas é tolerado, na prática, em todos os lugares do país. Em alguns países, o uso de drogas é considerado crime, até passível de pena de morte, como no meio islâmico. Em outros é apenas uma contravenção, e, dependendo da droga, não é mais crime, e o Estado até ajuda ao dependente de tóxicos. Assim é a ética não-cristã. Varia conforme o tempo, o lugar, e o que a maioria da sociedade entende quanto ao que é certo e o que é errado. O cristão, na realidade, não pode guiar-se por quase nenhuma das abordagens éticas contemporâneas. O antinomismo não serve como referencial, pois prega a ausência de normas. Nela, o homem se faz seu próprio deus. A Bíblia diz : "Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte" (Pv. 14.12). "De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem" (Ec 12.13; ver Pv 4.11,12; 6.23). Depois, é filosofia relativista. Cada um faz o que melhor entende. É o que ocorria com o povo de Israel, quando estava sem líder: "Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada qual fazia o que parecia direito aos seus olhos" (Jz 17.6; 21.25). Aliás, em muitas igrejas, já impera o Antinomismo, quando muitos não obedecem a Bíblia, não há respeito a normas, e cada um faz o que acha melhor. E o servo de Deus não pode ser uma pessoa que vive sem adotar normas de conduta e de comportamento. Com o cristão, esse entendimento não tem acolhida, pois seu código de ética, que é a Bíblia Sagrada, aponta princípios firmes e permanentes, os quais podem e devem ser considerados e obedecidos, em todos os tempos, em todas as culturas, e em todos os lugares. Diante da inadequação das abordagens éticas contemporâneas, resta ao cristão procurar guiar-se pelos princípios bíblicos de ética cristã: - O Princípio da Fé – Rm. 14:22,23 – “A fé que tens, tem-na para ti mesmo perante Deus. Bem-aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova. 23 Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque o que faz não provém de fé; e tudo o que não provém de fé é pecado”. O cristão não precisa recorrer a paradigmas humanos ou lógicos para posicionar-se quanto a atos ou palavras. Se tiver dúvidas, não deve fazer, pois “tudo o que não provém de fé é pecado”. Mas, e se não tiver dúvidas, pode fazer tudo o que aprova? Depende. Não é só uma questão de aprovar ou não aprovar. Alguém pode aprovar algo e fazer, por entender que é de fé. Para exemplificar, temos o caso daquele irmão, membro de uma igreja tradicional, que gostava de tomar cerveja nos finais de semana. Indagado, respondeu “não acho nada demais”. Porém, não soube fundamentar sua opinião na Bíblia. Ou seja, ele aprovava a bebida alcoólica, mas não fundamentava sua atitude na palavra. Ele acabou enfraquecendo na fé, seus filhos desviaram-se todos, envolvidos no vício da bebida, nas drogas e até na prostituição. Já nos ensina o Salmos 42:7 - “Um abismo chama outro abismo”. A pergunta a ser feita é: “O que pretendo fazer ou dizer é de fé, com base na Palavra de Deus, considerados, evidentemente, os abismos temporais e culturais?”. Se a resposta for positiva, a atitude será lícita. Se não, deve ser descartada, por ferir a ética cristã. - O Princípio da Licitude e da Conveniência - Na primeira Carta aos Coríntios, vemos Paulo ensinar: “TODAS AS COISAS ME SÃO LÍCITAS, MAS NEM TODAS AS COISAS CONVÊM; TODAS AS COISAS ME SÃO LÍCITAS, MAS EU NÃO ME DEIXAREI DOMINAR POR NENHUMA” – I Co. 6:16 - “TODAS AS COISAS ME SÃO LICITAS, MAS NEM TODAS AS COISAS CONVEÊM” – I Co. 10:23a. Esse critério orienta o cristão a que não faça as coisas apenas porque são licitas, mas porque são licitas e convêm, à luz do referencial ético que é a Palavra de Deus. Há quem entenda esse principio, argumentando que se podemos fazer algo, é porque é licito. À luz da ética cristã, não é bem assim que se deve argumentar. Primeiro, diante de uma atitude ou decisão a tomar, é preciso indagar se tal comportamento está de acordo com a Palavra de Deus, se tem apoio nas Escrituras. Segundo, mesmo que seja lícito, se convém. Por exemplo: é lícito o crente tomar conhecimento de uma falta cometida por um irmão, e dizê-la a algumas pessoas? Dependendo do caso, podemos responder que sim. Mas há uma outra indagação: Convém dizer? Essa conveniência envolve não só a licitude em si, mas também a oportunidade de se dizer ou não. Conveniência e oportunidade devem juntar-se à licitude na aprovação ou não de uma atitude cristã. Tem aquele caso de um irmão que vendeu um automóvel usado a outro, recebendo a devida importância do comprado, membro da mesma Igreja local. Uma semana depois, o veiculo apresentou grave defeito, “Batendo motor”, como se diz na linguagem dos mecânicos. O comprador diante do prejuízo, procurou o vendedor e reclamou do fato. Este lhe disse que nada tinha a ver com o caso, pois já houvera vendido o veiculo, e que o comprador deveria assumir o dano, pois ocorrera em sua mão. Acontece que, o vendedor sabia que o carro esta preste a apresentar o problema, segundo um mecânico que examinara o carro. Mas silenciou quanto a isso, e passou o carro “para frente”, para um irmão seu em Cristo. Com isso, ele não se pautou pela ética da Palavra de Deus, e causou grande mal-estar entre as respectivas famílias. Fosse o vendedor um verdadeiro cristão, indagaria: “É lícito fazer isso?, e acrescentaria: “Convém a mim, como cristão, agir dessa forma?”. Decerto, se tais perguntas fossem feitas em oração, diante de Deus jamais teriam respostas positivas”. Interessante é dizer que, tempos depois, o vendedor desonesto sofreu grave acidente em outro veiculo, sofrendo danos materiais e humanos. Não terá sido uma cobrança do Juiz de toda terra? Não se deve brincar de ser crente, pois a diz a Bíblia: “NÃO ERREIS: DEUS NÃO SE DEIXA ESCARNECER; PORQUE TUDO O QUE O HOMEM SEMEAR, ISSO TAMBÉM CEIFARÁ”- Gl. 6:7. Conforme este principio o cristão deve indagar: “O que desejo fazer é licito? Convém fazer, segundo a Palavra de Deus?”. Se a resposta for positiva, diante da Bíblia, pode ser feito. Se não, deve ser rejeitado. O que é licito e conveniente não fere outros princípios bíblicos. - O Princípio da Licitude e da Edificação - Diz a Bíblia: “todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam” (1 Co 10.23b). Com base neste texto, não basta que alguma conduta ou proceder seja lícito, mas é preciso que contribua para a edificação do cristão. É um princípio irmão gêmeo do anterior. A ênfase aqui é na edificação espiritual de quem deve posicionar-se ante o fazer ou não fazer algo. Infelizmente, entre as pessoas que mais dão audiência para programas perniciosos, estão muitos crentes, de todas as igrejas evangélicas. No horário noturno, muitas irmãs, e até seus esposos; muitos jovens, ao invés de ir aos templos, cultuar a Deus, estão diante do televisor, assistindo novelas indecentes, recheadas de satanismo e de prostituição; milhares de crentes postam-se diante da TV, para assistir ao famigerado programa, em que pessoas são confinadas numa casa, para serem acompanhadas em suas reações carnais. O índice de audiência é espantoso. As pessoas votam para ver quem vai ser despedido da “experiência” do reality show. Cada ligação telefônica engorda a renda da emissora de TV. É lícito? Para o cristão, cremos que não. Edifica? Muito menos. Pelo contrário. Tal tipo de programação contribui para a destruição dos valores morais, da família e da fé. Diz o salmista: “Atentarei sabiamente ao caminho da perfeição. Oh! Quando virás ter comigo? Portas a dentro, em minha casa, terei coração sincero. 3 Não porei coisa injusta diante dos meus olhos; aborreço o proceder dos que se desviam; nada disto se me pegará.” (Sl 101.2,3). Conforme este principio o cristão deve indagar: “O que desejo fazer é licito? Se é lícito, tal coisa contribui para minha edificação e dos que estão a minha volta? Convém fazer, segundo a Palavra de Deus?”. Se a resposta for positiva, diante da Bíblia, pode ser feito. Se não, deve ser rejeitado. O que é licito e conveniente não fere outros princípios bíblicos. - O Princípio da Glorificação a Deus “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Co 10.31). Aqui, temos um princípio ético abrangente, que inclui não só o comer ou o beber, mas “qualquer coisa”, que demande um posicionamento cristão. Esse princípio da glorificação a Deus é fundamental em momentos cruciais do comportamento cristão. Tenho orientado a juventude quanto ao comportamento a ser seguido pelo jovem cristão, por exemplo, no namoro. É grande a pressão do Diabo e da carne, para a prática do sexo antes do casamento. E há muitas pessoas, inclusive pastores, que preferem fechar os olhos, e deixar que os jovens pequem, alegando que os costumes mudaram, que não se pode fazer nada, etc. Ensino que, havendo uma pressão para a fornicação, basta o jovem ou a jovem indagar: “Posso fazer isso para a glória de Deus?”A resposta, obviamente, será não, se o jovem tiver um mínimo de temor a Deus, e respeito à sua palavra. Diz Paulo: “Foge, também, dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, a caridade e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor” (2 Tm 2.22). Assim, qualquer atitude ou decisão a tomar, em termos morais, financeiros, negócios, transações, etc., tudo pode passar pelo crivo do princípio da glorificação a Deus, e o crente fiel, na direção do Espírito Santo, saberá responder sem maiores dificuldades. - O Princípio da Ação em Nome de Jesus “E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai” (Cl 3.17). A condição do crente para realizar ou deixar de realizar algo decorre da autoridade que lhe foi conferida pelo Nome de Jesus. Assim, quando o cristão se vê na contingência de tomar uma decisão, de ordem espiritual, ou humana, pode muito bem concluir pela ação ou não, se puder realizá-la no nome de Jesus, conforme orienta o apóstolo Paulo aos irmãos Colossenses. Suponhamos que um irmão é tentado a adulterar com uma mulher, amiga sua. Se ele se descuidar, não vigiando e orando, poderá cair. Mas, se diante da proposta diabólica, indagar: “Posso fazer isso ‘Em nome do Senhor Jesus?’” É lógico que, se ele tiver um pouco de temor a Deus, jamais irá fazer algo pernicioso em nome de Jesus. - O Princípio do Fazer Para o Senhor “E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens” (Cl 3.23). Na vida cristã, surgem verdadeiras armadilhas, como testes para a fé e a convicção do servo de Deus. Um exemplo marcante do desrespeito aos princípios éticos tem sido anotado, com relação à conduta de certos políticos evangélicos, em câmaras municipais, em assembléias legislativas e até no Congresso Nacional. Em momentos críticos, em que a nação exigia um posicionamento sério, ante as injustiças e a corrupção, houve casos em que certos políticos crentes ficaram ao lado daqueles que não atendiam aos legítimos interesses do povo, e muito menos do povo evangélico. Em troca de favores, de emissoras de rádio, de verbas públicas, de cargos públicos, houve casos em que cristãos agiram para agradar aos homens e não ao Senhor. Isso é antiético e anticristão. Esses homens esquecem-se do que fez Daniel, na Babilônia, quando manteve sua fé e conduta, diante de Deus, permanecendo em oração, mesmo sob a ameaça de uma lei injusta, elaborada pelos homens ímpios e invejosos. Preferiu ir para a cova dos leões, confiando no Deus Todo-poderoso, do que se encurvar à vontade de homens maus. Todos nós sabemos a história desse homem de Deus, que foi um modelo de integridade moral e espiritual, ao lado dos três jovens Hananias, Misael e Asarias. Estes preferiram ser lançados na fornalha de fogo ardente, aquecida sete vezes mais, a se encurvarem diante dos ídolos e dos homens. - O Princípio do respeito ao Irmão Mais Fraco “Mas vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos. Porque, se alguém te vir a ti, que tens ciência, sentado à mesa no templo dos ídolos, não será a consciência do que é fraco induzida a comer das coisas sacrificadas aos ídolos? E, pela tua ciência, perecerá o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu. Ora, pecando assim contra os irmãos e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra Cristo. Pelo que, se o manjar escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize” (1 Co 8.9-13). No texto bíblico acima, vemos que o apóstolo ensinava sobre os que comiam coisas sacrificadas aos ídolos. Paulo diz que os mesmos tinham “fraca consciência” e que os que têm ciência, sentando-se à mesa no templo dos ídolos, podem induzir o que é fraco a pecar. “E, pela tua ciência, perecerá o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu... ferindo a sua fraca consciência, e pecando contra Cristo”. Desse texto, podemos tirar várias lições para a vida do cristão em relação aos outros irmãos mais novos na fé, ou mesmo antigos, que têm consciência fraca. O apóstolo chega ao extremo de dizer que se pelo manjar que come, um irmão se escandaliza, nunca mais haveria de comê-lo. Devemos sempre lembrar que, no meio da igreja local, há o “trigo”, que são os crentes fiéis, santos e cumpridores da Palavra. E há o “joio”, que são os crentes desobedientes, que não têm compromisso com Deus. Ver Romanos 8.13-20. - O Princípio da Prestação de Contas “Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos ide comparecer ante o tribunal de Cristo. Porque está escrito: Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14.10-12). Jesus, em seu ministério terreno, chamou a atenção para a prestação de contas, por ocasião de sua vinda em glória: “Porque o Filho do Homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e, então, dará a cada um segundo as suas obras” (Mt 16.27). Obras falam de atitudes, de comportamento, de ação. Em termos da ética cristã, não há dúvida de que cada pessoa prestará contas a Deus, no seu tribunal divino, do que fizer ou deixar de fazer. Isso em relação à prestação de contas futura, em termos escatológicos. Entretanto, aqui mesmo, nesta vida, há muitos de quem Deus tem cobrado a prestação de contas antecipadamente por causa de seus atos pecaminosos, e há, também, aqueles a quem o Senhor tem galardoado pelas suas boas obras ou atitudes. Diz a Bíblia: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida eterna. E não nos cansemos ide fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” (Gl 6.7-10). - O Princípio do Evitar a Aparência do Mal “Abstende-vos de toda aparência do mal” (1 Ts 5.22). A aparência do mal pode prejudicar a reputação de um servo de Deus. A Bíblia, em sua sublime sabedoria, adverte o cristão para que tome cuidado não só com o mal, mas com sua aparência. O perigo em desrespeitar esse princípio reside no fato de se correr o risco de que alguém, imprudentemente, possa confundir a atitude de um servo ou serva de Deus, espalhando boatos inverídicos. Quando isso acontece, mesmo que haja um esclarecimento posterior, a pessoa torna-se alvo de críticas e insinuações malévolas que, uma vez espalhadas, são como penas que se soltam ao vento. Fáceis de se espalhar; difíceis de serem recolhidas. Concluindo, no mundo atual, em que os absolutos foram todos desprezados, dando lugar ao relativismo exacerbado, o cristão só pode transitar, e posicionar-se corretamente, se souber observar os princípios éticos, emanados da Bíblia Sagrada. Tudo muda no mundo dos homens. Mas, diante de Deus, sua palavra tem valor absoluto, e pode ser o guia seguro e forte contra os vendavais do relativismo avassalador, que tem invadido, até, os arraiais das igrejas evangélicas. Relembrando, disse Jesus: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt 24.3); disse o salmista: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho” (Sl 119.105)

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